terça-feira, 10 de julho de 2012

O Movimento de Reforma de 1914 e o Espírito de Profecia INTRODUÇÃO Pr. Vilmur C. Medeiros (ex-reformista) Objetivando auxiliar nossos irmãos separados dos diversos "Movimentos de Reforma", e despertá-los para a verdadeira igreja de Deus, preparamos este modesto material. Apenas alguns aspectos da questão são abordados nesta oportunidade, porém, desejamos, futuramente elaborar outros trabalhos em favor das almas sinceras, mas que estão fora do aprisco do Senhor ainda. Convém destacar que o propósito desta obra não é apresentar o movimento do advento como puro, perfeito, etc., mas provar que a despeito de suas fraquezas, imperfeições, falta de satisfazer plenamente o ideal do Senhor, este é o movimento de Deus nestes últimos dias. Esta é a igreja amparada pelas profecias bíblicas e pelos testemunhos da mensageira do Senhor. É certo que nos escritos de Ellen White encontramos mensagens de reprovação e admoestação para a igreja, ma também palavras de animação, estímulo e confiança, concomitantemente. A missão de um profeta ou profetisa é exatamente esta: Aconselhar, advertir, mas tombem animar, para que haja perfeito equilíbrio no desempenho de suas funções. "O Senhor reprova erros em Seu povo, mas é isto uma prova de que Ele os rejeitou? – Não. Há erros na igreja, e o Senhor os aponta mediante os instrumentos por Ele ordenados ... Apoderar-nos-emos dessas reprovações e delas faremos cavalo de batalha, e diremos que Deus não lhes está comunicando Sua luz e amor? – Não." – 2ME:81 "Coisa alguma neste mundo é tão cara a Deus como Sua igreja... O Senhor não abandonou Seu povo. Satanás a aponta os erros que eles têm cometido e a procura fazê-los crer que assim se separaram de Deus..." – 2ME: 397. "Eu vos escrevo estas coisas, irmãos, se bem que nem todos vós as possais compreender plenamente. Se eu não cresse que os olhos de Deus se acham sobre Seu povo, não poderia ter a coragem de escrever repetidamente as mesmas coisas. ... Deus tem um povo a quem está dirigindo e instruindo. "Sou instruída a dizer aos adventistas do sétimo dia em todo o mundo: Deus chamou-nos como um povo para sermos-Lhe particular tesouro. Ele designou que Sua igreja na Terra esteja perfeitamente unida no Espírito e conselho do Senhor dos exércitos até ao fim do tempo. " – 2ME:397. "Jesus vem para dar aos membros da igreja, individualmente, as mais ricas bênçãos, uma vez que eles Lhe abram a porta. Ele não os chama nem uma vez Babilônia, nem pede que saiam. Mas diz: "Eu repreendo e castigo a todos quantos amo" (com mensagens de reprovação e advertência). Apoc. 3:19. . . . "Direi no temor e amor de Deus: Sei que o Senhor tem pensamentos de amor e misericórdia para restaurá-los e curá-los de todas as suas prevaricações... " – 2ME:67. TESTEMUNHO PESSOAL Não tendo tido o magno privilégio de conhecer diretamente a Igreja Adventista; em 1964 uni-me ao chamado "Movimento de Reforma" de 1914 (?). Pensando ser esse grupo a verdadeira igreja, comecei a empregar meus humildes talentos em levar a mensagem aos que não a conheciam. Nasceu-me o desejo de ser colportor, abandonei os estudos, e dediquei-me ao trabalho diligentemente. Mais tarde fui incluído entre os obreiros bíblicos e posteriormente ocupava-me com a liderança do departamento de colportagem da "União Brasileira" do movimento em questão. Esta União compreende todo o território nacional. Considerando que a especialidade dos obreiras reformistas é combater a Igreja Adventista – aprendi também, muito cedo, a fazer o mesmo, pensando, como Saulo de Tarso, estar realizando um serviço para Deus. Procurando alcançar mais conhecimento e também mais eficiência a fim de poder convencer aos próprios obreiros adventistas, que julgava estarem errados, dediquei-me ao estudo cuidadoso dos Testemunhos do Espírito de Profecia. Assim, involuntariamente, encontrei passagens que pareciam não se harmonizar com os ensinamentos do "MOVIMENTO DE REFORMA". Outros textos pareciam conduzir-me à compreensão de que não se justificava a existência de outro (s) movimento (s) além daquele surgido, como cumprimento de profecia em 1844. Procurava, e em constantes trocas de idéias com colegas obreiros, justificação para a existência do "Movimento de Reforma" a despeito dessas impressionantes passagens e o resultado era este: Aparente ou temporariamente parecia estarem os reformistas com a razão. Mas a intranqüilidade motivada por pequenas dúvidas continuavam na mente ao reconsiderar, muitas vezes, na calada da noite, aqueles textos. Investido de diversas responsabilidades, passei a participar das reuniões de comissão, de conferências organizadoras da "Associação Paraná, Santa Catarina", bem como da "União Brasileira". Entristecia-me ao observar que o "organograma" (aliás inexistente) não passava de uma máquina emperrada, porquanto a realidade, entre os reformistas, é que existe grande desorganização administrativa, ausência de atividade missionária e falta de progresso em todos os setores. Ao contemplar esse quadro tão desolador, pensava comigo mesmo: "Se a igreja de Deus em todos os tempos prosperou de maneira maravilhosa, apesar de apresentar ao mundo um caminho estreito, por que a igreja a que pertenço não prospera? Preocupado com a questão, vinham-me à mente pensamentos como os que se seguem: 1 – A Igreja Adventista é acusada de ser "Babilônia", "prostituta", "gaiola" (de toda ave imunda e aborrecível), etc. Por que a "Reforma", com todas essas acusações não consegue se ombrear com a acusada que e tão organizada e progressista em todos os seus departamentos? Em Testemunhos para Ministros lemos: "Método e ordem manifestam-se em todas as obras de Deus, em todo o Universo. A ordem é a lei do Céu, e deveria ser a lei do povo de Deus sobre a Terra." (TM, p. 26). Como harmonizar a desorganização da "Reforma" com essa Passagem? 2 – Ao mesmo tempo em que os Testemunhos insistem enfaticamente sobre a grande necessidade de ampliação dos conhecimentos em geral para que o Evangelho avance dignamente em nossos dias, por que razão a liderança do "Movimento de Reforma" é constituída essencialmente de elementos carentes de cultura? Por que razão esses líderes se incompatibilizam com os membros que procuram melhorar seu padrão cultural através de cursos universitários? 3 – Nas páginas 19 e 20 do livro Evangelismo lemos a respeito da sempre crescente influência do evangelismo, obra de extensão mundial, executada pela Igreja Remanescente já antes da chuva serôdia. Por que o Movimento de Reforma é constituído de um número estacionário de membros em alguns países apenas? Não seria isso resultado dos constantes litígios e conseqüentes separações que, por sua vez, têm lugar pelo fato de não ser esse movimento guiado por Deus? 4 – Por que leio tanto nos Testemunhos (Evangelismo, p. 413, etc.) sobre a necessidade de hospitais e escolas em todas as partes do mundo quando essa condição nunca se cumpre na igreja da "Reforma"? Não é essa igreja proprietária de apenas uma mal montada, mal administrada clínica que não passa de uma precária casa de banhos? A única escola de nível fundamental existente funcionou durante um lustro, no máximo, nos anos 60 e foi fechada por determinação da direção. Isto me levava à dolorosa dúvida: Estaria Deus dirigindo esse movimento? 5 - Por que o programa "A Voz da Profecia" iniciou suas atividades modestamente e hoje se utiliza de milhares de emissoras na transmissão de mensagens para milhões, conseguindo batizar multidões, quando o programa "A Verdade Presente" só faz algumas tentativas sem sentido e sem êxito? 6 – Em Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 140 leio uma importante mensagem encabeçada pelo título "Nossas Casas Publicadoras". Como isso se pode cumprir a não ser na Igreja Adventista do Sétimo Dia? A editora da reforma localiza-se no Brasil. Publica apenas poucas compilações que são monopólio de um único autor. Ademais a quase totalidade desses livros não contém mensagem evangelizadora. Logo que me foi confiada a direção do Departamento de Colportagem da União Brasileira. Conscientizando-me das minhas sérias responsabilidades tornei a ler o pequeno grande livro O Colpotor Evangelista. No capítulo "Os Grandes Livros de Nossa Mensagem" (Pág. 123) saltou-me claramente aos olhos que os livros O Desejado de Todas as Nações, Patriarcas e Profetas, e especialmente O Grande Conflito deveriam ser espalhados como folhas de outono por serem portadores da mensagem de que o povo necessita. Quem preenche esta condição? Não é porventura a Igreja Adventista do Sétimo Dia? 7 – A que conclusão chego ao cotejar o livro História de Nossa Igreja, publicado pela Casa Publicadora Brasileira, com o livro que conta a história da "Reforma", escrito por um de seus eminentes líderes (Livro do Pecado)? A que conclusão chego ao comparar as palavras finais desse livro com o recibo de venda, assinado pelo pastor que hoje é secretário da Conferência Geral com sede em Nova Jersey? São as seguintes as palavras do epílogo desta obra: "Esses materiais são para nossos obreiros... Não é certo deixá-los nas mãos daqueles que estão fora da igreja..." Somando-se esses fatos às dissenções, brigas, separações, etc. contidas nesse livro a que conclusão chego ao contemplar a mensagem contida em Testemunhos Seletos, vol. 3, p. 254? Aí encontramos o seguinte: "É chegado o tempo para realizar uma reforma completa. Quando esta reforma começar, o espírito de oração atuará em cada crente e banirá da igreja o espírito de discórdia e luta... Não haverá confusão, pois todos estarão em harmonia com o Espírito." 8 – Por que a irmã White deu mensagens de estímulo e confiança à Igreja Adventista e a seus líderes até 1915 quando morreu fiel nessa igreja? Por que não fez ela nem sequer referência ao movimento de 1914? 9 – Estou pertencendo à igreja verdadeira ou a um ramo transviado sem razão de existência dentro da profecia? Porventura não estou trabalhando contra Deus como Saulo na estrada de Damasco? Estes pensamentos ocorriam especialmente após tanta discussão contra obreiros adventistas. A leitura constante de toda a série de folhetos publicados contra a igreja adventista era incapaz de solver as dúvidas nascentes. Diante destas e de tantas outras incoerências resolvi fazer uma investigação minuciosa dos Testemunhos mediante oração para que eu pudesse compreender a verdade. Certa tarde, em princípios de junho de 1973 chegando a casa lancei mão de alguns livros e, tremulamente ajoelhei-me suplicando a Deus que me abençoasse com Sua iluminação para aquele momento decisivo para minha vida espiritual. Roguei ao Senhor que se o "Movimento de Reforma" fosse a verdade , que Ele banisse as minhas dúvidas. Se por outro lado a Igreja Adventista do Sétimo Dia, contra a qual sempre havia trabalhado, fosse Sua Igreja, que Ele me desse uma compreensão clara a respeito, e uma certeza absoluta. O Senhor foi muito bondoso para comigo respondendo-me à medida que perscrutava as páginas inspiradas. Abriram-se-me os olhos e, em traços claros e inequívocos, pude compreender que a Igreja Adventista do Sétimo Dia, apesar de defeituosa e fraca é ainda a Sua Igreja e o será até o fim. Compreendi que ela não fora rejeitada em 1914. O resultado foi que meus terrores foram substituídos por uma paz profunda. Uma alegria incontida e perfeita certeza que inundaram meu coração. Pedi a Deus perdão de tudo o que eu vinha fazendo contra a Sua Igreja e agradeci a Ele por ter recebido tão clara e inconfundível resposta. Quanto a mim não havia mais problema. Meu caso estava solucionado, felizmente. Porém, desejei que meus familiares, a começar por minha esposa viessem a ter a felicidade que eu sentia, compreendendo que não estávamos trilhando o carrinho certo. Comecei a orar a Deus a fim de iniciar um trabalho cauteloso com os membros de minha família. Alguns dias após minha decisão apresentei à minha esposa o que Deus me havia revelado. Para minha alegre surpresa, o Espírito de Deus trabalhou maravilhosamente e ela não teve nenhuma dificuldade em entender, tomando posição ao lado da igreja do Senhor. Isto não apenas influenciada por mim mas por suas próprias ilações e convicção. Juntos agradecemos a Deus pela grande bênção recebida e imploramos a Ele que nos conduzisse no trabalho que cumpria iniciar com os demais familiares ... Oramos, jejuamos, e em seguida viajamos para Cambará (Norte do Paraná) onde reside quase toda nossa parentela. Ao chegarmos lá ficamos maravilhados ao percebermos que Deus estava guiando os acontecimentos. No momento oportuno anunciamos aos nossos queridos a finalidade de nossa visita extemporânea e em seguida lhes apresentamos a mensagem da verdade. A princípio houve alguma oposição (o contrário não era de se esperar) pelo fato de já pertencerem ao "Movimento de Reforma" havia 15 anos. Mas o Espírito Santo operou de tal maneira que compreenderam que estiveram enganados por longo tempo. Houve um misto de alegria e tristeza, mas apesar dos prantos que se seguiram, a alegria de terem encontrado a verdade logo substituiu o sobressalto. Então todos exclamamos: "Isto é um milagre de Deus". Depois de tudo isso, fomos ter com o diretor do trabalho missionário da Igreja Adventista de Cambará a fim de relatar-lhe o ocorrido. Quando lhe dissemos: "Irmão José, nós agora somos adventistas", ele demorou a crer, mas ao ver que realmente era verdade o que estávamos dizendo, não se conteve. Chorou de emoção e nos abraçou. A grande barreira de separação foi desfeita, uma alegria imensa vibrou em nosso coração, pois agora éramos irmãos. Como eu antes de viajar a Cambará estivera na sede da Associação Paulista da IASD comunicando a minha decisão, e, como em Cambará houve necessidade de mais ajuda, solicitamos a presença de alguém de S. Paulo. Assim foi enviado o irmão Giácomo Molina acompanhado de um pastor adventista, e a atuação foi oportuna. No dia 16 de junho a igreja adventista em Cambará estava em festa: aproximadamente 40 novas pessoas estavam presentes para assistirem a reunião da Escola Sabatina. Houve abraços afetuosos, encontros deveras agradáveis e palavras de gratidão a Deus pelo que Ele havia feito. Dali para cá o templo da "Reforma" ficou ainda de portas abertas, mas de bancos praticamente vazios. A presença do pastor distrital, irmão Harald Link, também se fez sentir em nosso meio; e no dia 26 de agosto de 1973 tivemos a alegria de, num total de 20 (vinte) almas, passarmos pelas águas batismais na Igreja de Deus. Posteriormente outros reformistas foram batizados em Cambará, Ponta Grossa, Umuarama, etc., além de muitos irmãos que em S. Paulo tomaram decisão idêntica. As bênçãos que recebemos do Senhor são de valor inestimável. Por isso nossa gratidão a Ele jamais terá fim. Hoje, depois de cursar Teologia no IAE, trabalho como pastor distrital na Associação Paulista Leste. Sim, ao relembrar como Deus nos guiou exclamo com meus colegas e irmãos egressos do mesmo "Movimento": '"Grandes coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres." Salmos 126:3, "Foi o Senhor que fez isto, e é coisa maravilhosa aos nossos olhos." Salmos 118:23. A CHAMADA REFORMA E O ESPÍRITO DE PROFECIA – I Há muitos textos do Espírito de Profecia que falam sobre a necessidade de um reavivamento e uma reforma entre o povo de Deus. Eis alguns deles: "Deus requer um reavivamento e uma reforma." – SC:41. "Haja uma reforma entre o povo de Deus " – MJ:317. "Antes de os juízos finais de Deus caírem sobre a Terra, haverá, entre o povo do Senhor, tal avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos. O Espírito e o poder de Deus serão derramados sobre Seus filhos." – GC: 464. Iluminada pelo Espírito de Deus, E.G. White mostrou claramente como se desenvolveria este reavivamento e quais seriam suas características. Isto ficou bem assentado para que ninguém fosse enganado por "movimentos de reforma" destituídos de credenciais divinas. "Satanás, porém, tem estado a trabalhar assiduamente para desviar a autêntica reforma espiritual que o Senhor quer operar no seio da igreja. Este tem sido o método do grande inimigo desde os dias antigos: Adulterar o verdadeiro e oferecer uma falsificação, para promover a desordem, o caos e a perdição, em lugar da verdadeira conversão e a vida eterna." – Preparação Para a Crise Final, p.25. Já nos dias de Lutero, por intermédio de M'unzer, um instrumento diabólico, foi criada uma contrafação: "Mas Satanás não estava ocioso. Passou a tentar o que havia experimentado em todos os outros movimentos de reforma - enganar e destruir o povo apresentando-lhe uma contrafação em lugar da verdadeira obra. Assim como houve falsos cristos no primeiro século da igreja cristã, surgiram também falsos profetas no século XVI. "Alguns homens, profundamente impressionados com a agitação que ia pelo mundo religioso, imaginavam haver recebido revelações especiais do Céu, e pretendiam ter sido divinamente incumbidos de levar avante, até à finalização, a Reforma que, declaravam, apenas fora iniciada debilmente por Lutero. Na verdade, estavam desfazendo o mesmo trabalho que ele realizara. ... Um desses profetas pretendia haver sido instruído pelo anjo Gabriel. ... algumas pessoas realmente sinceras foram transviadas pelas pretensões dos novos profetas. ... Lutero, em Wartburgo, ouvindo o que ocorrera, disse com profundo pesar: "Sempre esperei que Satanás nos mandaria esta praga." – O Grande Conflito, págs. 186, 187. Examinemos agora algumas características que devem acompanhar o verdadeiro reavivamento que teria de ter lugar entre o povo do advento: I – COMEÇAR PELOS MINISTROS "O povo de Deus não suportará a prova a menos que haja um reavivamento e uma reforma entre o povo de Deus." 7T:285. "Mas essa deve começar sua obra purificadora entre os ministros." – 1T, 469 (Preparação Para a Crise Final, p.25). A reforma de 1914 não foi liderada por pastores; logo, ela não preenche esta característica da verdadeira reforma. Porventura não havia pastores adventistas fiéis quando iniciou-se a primeira guerra mundial? Sem dúvida alguma, havia e muitos. Notemos o que a Sra. White afirmou em 1913: "Quando à noite não consigo dormir, elevo o coração a Deus em oração, e Ele me fortalece, e me dá a certeza de que está com os Seus servos ministradores no campo nacional e em terras distantes." –Testemunhos Seletos, vol. 3, p. 439. Esses ministros que Deus estava abençoando nos Estados Unidos e em terras estrangeiras, eram fiéis. E por que não foram eles os líderes do movimento de reforma? É interessante notar que entre eles (os pastores fiéis) encontrava-se o pastor J. N. Loughborough que figura entre os fundadores da mensagem e que morreu em1924, isto é, 10 anos após o surgimento do movimento reformista como fiel ministro adventista. Por que não quis ele tomar parte no dito movimento? W. C. White, filho da irmã White, fiel ministro de Deus também não se filiou ao movimento de 1914, apesar de ter vivido até 1936, isto é, 22 anos após o surgimento da "reforma" (no capítulo seguinte, voltaremos a falar sobre o filho da Sra. White). O que diremos da própria irmã White que morreu em julho de 1915, mais de um ano após a separação na Alemanha? É certo que ela não tinha a ordenação ministerial, mas sua posição de liderança na igreja era mais elevada ainda que os ministros. Se o movimento iniciado na Alemanha fosse o reavivamento profetizado, não seria ela a primeira a liderá-lo? Mas ao contrário disso, o que ela fez foi deixar palavras de ânimo e confiança para a Igreja Adventista, a sua Igreja, e não para outro movimento como veremos mais adiante. "Não espero viver muito tempo. Meu trabalho está quase terminando... Penso que não mais terei testemunhos para o nosso povo. Nossos homens de mente firme sabem o que é bom para o crescimento da causa ..." 3TSM: 443. Onde estavam, segundo esta declaração, em 1915, os homens de mente firme que estavam a fazer a obra crescer e progredir? No grupo separatista? Não. Estavam, sim, na Igreja Adventista. Se alguém ainda hoje pensa que os fundadores do "Movimento Reformista" foram homens de mente firme, pedimos que adquiram "O Livro do Pecado", o livro negro da reforma, escrito por um dos seus líderes, e leiam a partir da página 18 a biografia de cada um deles, e verão que eles não foram homens de mente firme, apesar de terem conseguido iludir considerável número de almas incautas. "Ver-se-á que esses que proclamam mensagens falsas não terão um alto senso de honra e integridade" – TM:42. Vimos então que o movimento de 1914 não preenche a primeira característica da verdadeira reforma. II – UMA REFORMA ISENTA DE DISCÓRDIAS, LUTAS, CONFUSÃO "É chegado o tempo para se realizar uma reforma completa, Quando essa reforma começar, o espírito de oração atuará em cada crente, e banirá o espírito de discórdia e luta... Não haverá confusão, pois todos estarão em harmonia com o espírito". – 3TSM: 254,255. Como harmonizar esta passagem com a reforma de 1914, que desde os seus primórdios tem tido uma história de discórdia, luta, confusão, separação, etc.? Leiamos apenas algumas palavras do "Livro do Pecado": "Quem era o irmão E. Dorscheler? Foi revelado que ele era um oposicionista, porque ele mesmo demonstrou. Ele desligou-se de início do movimento da reforma com os crentes holandeses... Queria ser independente. Enganou essas pobres almas a segui-lo por meio da arma da crítica. ... Todas as propriedades foram escritas no seu nome. ... Ele era de opinião de que não se deveria casar. Infelizmente sua própria filha fugiu a fim de casar-se fora do país. Pouco tempo depois morria em 1936, numa casa de alienados... Isso foi o fim de sua história, uma história de oposição." p. 19 (Obs.: Este homem foi o mais destacado fundador da "reforma"). "Os filhos do irmão Welp brigaram com o irmão K. Spanknöbel e tomaram a obra nas suas mãos na América do Norte". p. 20. "O irmão Maas é um dos mais perigosos ladrões que jamais tivemos entre nós. (Obs.: Nossa! – Ele era líder mundial do movimento). – p. 21. "Nossa organização é dez vezes pior do que a Igreja grande". – p. 21. "O irmão Welp incomodava todas as igrejas onde ia... De 1939 a 1941, durante a guerra, fundou o irmão Welp um grupo próprio... Ele foi de membro em membro para recoltar o dízimo. Ele gastou tudo o que recoltou. Quando os irmãos lhe pediram conta, disse que o sumo sacerdote de Deus nunca deu contas." p. 22 e 26 (grifos do signatário). Em 1951, após 15 dias de discussão, o "movimento reformista" dividiu-se em duas facções, formando duas conferências gerais. De então para cá, tem havido muita luta entre as duas "reformas". É interessante notar que mesmo entre os dirigentes de cada facção tem surgido muitas dificuldades. Todos sabem que os senhores A. Lavrik e D. Nicolici estavam unidos quando da separação de 1951 e, que eram, e continuaram sendo as principais figuras do movimento por muito tempo. Mas vejam as palavras ferinas, que em sua carta, dirigida ao Dr. E. Kanyo, o Sr. Lavrik usa contra seu colega, o Sr. D. Nicolici, por tentar este formar outro movimento: "Prezado irmão Kanyo: Saúde e paz do Senhor lhe desejo... "Esta semana lhe escrevi, e creio que esteja em suas mãos minha última carta. Hoje torno a escrever-lhe, visto que já estou com passagem comprada e data marcada para deixar Sacramento no dia 19 de junho... Estou muito preocupado com o nosso encontro... Pode ser que esta seja uma oportunidade para convencer aqueles irmãos de Speele, para se chegar a conclusão de realizar uma conferência geral da paz, e então chamar Nicolici para que responda ao que eles querem e nós permitiremos; pois ele, o velho, revelou contudo que, sem escrúpulo sem vergonha e sem consideração alguma, é rebelde aberto contra a conferência geral e tenta fazer outro movimento. "Conseguiu algumas vantagens sobre os pobres australianos que eram seus amigos, Haynes e outros, Waymark e Heslop, gente fraca de caráter, e ele tomou vantagens para confundir. A conferência de delegados resolveu apoiar a conferência geral, e o irmão Stwart pensou que já estava acabada a luta mas se enganou. Nicolici ficou lá e ele veio para os Estados Unidos; Nicolici realmente domina a comissão. Dizem que agora está esperando J. Nicolici (filho) das Filipinas... para fortalecer o propósito de rebelião ... Assim que não há outra coisa a esperar do que declarar Nicolici velho e J. Nicolici da mesma obra ou pior ainda, pois o que J. Nicolici fez no seu campo o pai fez fora do seu campo, indiretamente oposto; se isto não é rebelião, jamais houve outra rebelião. Ele deve responder pelos os seus crimes, se se puder convencer os de Speele e convocar uma conferência geral para ajustamento. "Nicolici porém deve ser posto fora do ajuste; ele é o bode emissário, o mais culpado de todos no assunto de todas rebeliões... Este homem me aborreceu sem medida, ofendeu toda a causa, todo o movimento, e Deus tem uma conta com ele. Creio que se nós nos se ararmos de Nicolici, eles vão ter pais confiança numa conferência. E mesmo nós não podemos ter mais com Nicolici outra conferência, mesmo que ele se HUMILHE, se retrate; não temos que aceitar este homem na obra ... "Aceita saudações fraternais do irmão em Cristo. Ass. A. Lavrik (carta do Sr. Lavrik ao Dr. Kanyo, escrita em 20-05-66, Grifo nosso) Poderia ser esta a reforma da qual falou a irmã White? – Não! podemos afirmar sem medo de errar. Comparemos o movimento de 1914 com mais um texto da Sra. White: "Em visões da noite passaram perante mim representações de um grande movimento reformatório entre o povo de Deus. Muitos estavam louvando a Deus. Os enfermos eram curados, e outros milagres eram operados. Viu-se um espírito de intercessão tal como se manifestou antes do grande dia de Pentecostes. Viam-se centenas e milhares visitando famílias e abrindo perante elas a Palavra de Deus. ... Portas se abriam por toda parte para a proclamação da verdade. O mundo parecia iluminado pela influência celestial. ... Ouvi vozes de ações de graças e louvor, e parecia haver uma reforma como a que testemunhamos em 1844." – 3TSM:345. O "movimento de reforma" não preenche as condições deste testemunho. Isto todos os que o conhecem poderão perceber facilmente, dispensando portanto, argumentação a respeito. Está claro então que não é um movimento com base profética mas uma reforma espúria como outras que surgiram já antes de 1914. III – OUTRAS CARACTERÍSTICAS DOS FALSOS MOVIMENTOS Vejamos agora mais algumas das características dos falsos movimentos de reforma que surgiram entre o povo adventista nos dias da Sra. White, e façamos um confronto entre eles e o pretensioso grupo chamado "movimento de reforma" de 1914. a) Pretendiam que a Igreja Adventista estivesse apostatada, rejeitada por Deus. b) Tachavam-na de Babilônia, prostituta, gaiola de toda ave imunda e aborrecível, etc. c) Os que lideravam eram homens aparentemente inspirados, consagrados, zelosos, etc. d) Pretendiam sempre ser portadores de grande luz e ter sido chamados para reformar a Igreja Adventista. e) Pretendiam ser representados pelo anjo do Apocalipse 18 e estarem incumbidos da proclamação do alto clamor. f) Usavam os testemunhos da senhora White para dar peso aos seus ensinamentos. PROVEMOS ISTO: "O Pastor K, moribundo, teve o quarto cheio de pessoas interessadas, enquanto se achava no hospital de Battle Creek. Muitos foram enganados. O homem parecia inspirado. Mas a luz que me foi comunicada, foi: 'Esta obra não é de Deus. Não creiais a mensagem.' "Alguns anos depois, um homem chamado N, de Red Bluff, na Califórnia, veio a mim para dar sua mensagem. Disse que era o alto clamor do terceiro anjo que devia iluminar a Terra com sua glória. Pensava que Deus passara por alto todos os dirigentes e lhe dera a mensagem. Tentei mostrar-lhe que estava enganado. Ele disse que os adventistas do sétimo dia eram Babilônia. ... Tivemos muita dificuldade com ele; sua mente ficou desequilibrada, e ele teve de ser posto num asilo de alienados. "Um, Garmire, defendeu e publicou uma mensagem quanto ao alto clamor do terceiro anjo; acusou a igreja ... Disse que os dirigentes da igreja todos haviam de cair por exaltação própria, e outra classe de homens humildes viria para a frente ... "Esse engano foi-me revelado. Esse é um homem inteligente, falando de maneira aceitável, e abnegado e cheio de zelo e ardor, e tendo a aparência de consagração e devoção. Mas a palavra de Deus veio a mim: "Não os creiais, não os enviei!" "Ele professava crer nos testemunhos. Pretendia que estes eram verdadeiros, e empregava-os da mesma maneira por que os tendes usado, para dar força e aparência de verdade a suas pretensões. ... "Se algum homem a quem olhei era inspirado, certamente era este; mas eu lhe disse claramente que sua inspiração era de Satanás, não de Deus." – 2ME:64 e 65. "Como ousa o homem mortal definir seu julgamento sobre eles (os adventistas do sétimo dia), chamar a igreja de prostituta, de Babilônia, covil de ladrões, gaiola de toda ave imunda e aborrecível, morada de demônios ... e proclamar que os pecados dela atingiram os céus e Deus se lembrou de suas iniquidades? É esta a mensagem que devemos dar aos adventistas do sétimo dia? Digo-vos, Não! A NENHUM HOMEM DEUS DEU UMA TAL MENSAGEM. "Que estes homens humilhem seus corações diante de Deus, e em verdadeira contrição se arrependam de terem estado por algum tempo ao lado do acusador dos irmãos, que os acusava de dia e de noite diante de Deus... " – MANUSCRITO, 21, 1893. "Erguem-se continuamente pequenos grupos que crêem que Deus está unicamente com os poucos, os dispersos, e sua influência é derribar e espalhar o que os servos de Deus constroem. Espíritos desassossegados, que desejam ver e crer constantemente alguma coisa nova, surgem de contínuo, uns aqui, outros ali, fazendo todos uma obra especial para o inimigo, e todavia pretendendo possuir a verdade. Eles ficam separados do povo a quem Deus está conduzindo e fazendo prosperar, e por meio de quem há de realizar Sua grande obra. Esses estão continuamente exprimindo seus temores de que o corpo de observadores do sábado se esteja tornando como o mundo ... O povo que, segundo a Palavra de Deus, está se esforçando ao máximo para ser um, os que são estabelecidos na mensagem do terceiro anjo, são olhados com suspeita, pelo fato de estarem estendendo sua obra, e reunindo almas à verdade. São considerados mundanos, porque exercem influência sobre o mundo, e seus atos testificam de que eles estão esperando que Deus faça ainda uma obra grande e especial na Terra - conduzir um povo e prepará-lo para o aparecimento de Cristo." – 1TSM: 166, 167. "Que todos os que lerem estas palavras lhes dêem toda a consideração; pois em nome de Jesus desejo com elas impressionar cada alma. Quando se levanta alguém, de nosso meio ou fora de nós, tendo a preocupação de proclamar uma mensagem que declare que o povo de Deus pertence ao número dos de Babilônia, e que pretenda que o alto clamor é um chamado para sair dela, podereis saber que esse tal não é portador da mensagem de verdade. Não o recebais, não lhe desejeis bom êxito..." – 2TSM:363. "Afastai-vos desses; não tenhais comunhão com sua mensagem, por muito que eles citem os Testemunhos e atrás deles busquem entrincheirar-se. ... Esta classe de obreiros maus tem escolhido porções dos Testemunhos, e tem-nas colocado numa moldura de erro, a fim de por esse meio dar influência a seus testemunhos falsos." – 2TSM:357. Todos os que conhecem alguma coisa a respeito do grupo separatista já perceberam a esta altura, através das breves citações que ele (o grupo separatista) se enquadra cem por cento com as características dos falsos movimentos. Diz mais a serva do Senhor: "A mensagem que declara a Igreja Adventista do Sétimo Dia Babilônia, e chama o povo de Deus a sair dela, não vem de nenhum mensageiro celeste, ou nenhum instrumento humano inspirado pelo Espírito de Deus." – 2ME:66. " Pretender que a Igreja Adventista do Sétimo Dia seja Babilônia, é fazer a mesma declaração que faz Satanás, que é um acusador dos irmãos, acusando-os dia e noite perante Deus." – TM:42. Escapa a "reforma" destas condenações do Espírito de Profecia pelo simples fato de ter ela surgido posteriormente a estas declarações? Não. "Desde anos tenho apresentado meu testemunho dizendo que, em surgindo quaisquer pessoas pretendendo possuir grande luz, e não obstante advogando a demolição daquilo que o Senhor por Seus agentes humanos tem estado a edificar, acham-se eles muito enganados ..." – 2TS:355 "Em surgindo quaisquer pessoas", em qualquer época se refere a profecia, e não só até 1914. A mesma coisa acontece com o texto que diz: "quando se levanta alguém de nosso meio ou fora de nós..." – 2TS: 363. Referindo-se ao surgimento de movimentos acusadores no futuro disse a Sra. White: "Semelhantes mensagens hão de apresentar-se e delas será declarado serem enviadas de Deus, mas tal declaração será falsa." – TM: 41, 42. É muito interessante notar também que a igreja a qual a irmã White estava a defender em seus dias seria finalmente agraciada com o dom do Espírito Santo, a fim de transmitir ao mundo a advertência final; isto prova que não seria rejeitada, pois Deus não poderia conceder o dom do Espírito a uma igreja que não mais reconhecesse como Sua. "Deus tem na Terra uma igreja que está erguendo a lei pisada a pés, e apresentando aos homens o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. A igreja é depositária das abundantes riquezas da graça de Cristo, e pela igreja será finalmente exibida a última e plena manifestação do amor de Deus ao mundo, que deve ser iluminado com Sua glória. A oração de Cristo, de que Sua igreja fosse uma, como Ele e o Pai eram um, será afinal atendida. Será conferido o rico dom do Espírito Santo, e por seu constante suprimento aos filhos de Deus, tornar-se-ão eles testemunhas no mundo, do poder de Deus para salvação." – 2TS :356. "As igrejas denominacionais caídas é que são Babilônia. Babilônia tem estado a promover doutrinas venenosas, o vinho do erro. Este vinho do erro é composto de doutrinas falsas, tais como a imortalidade natural da alma, o tormento eterno dos ímpios, a negação da preexistência de Cristo antes de Seu nascimento em Belém, a defesa e exaltação do primeiro dia da semana acima do santo e santificado dia de Deus." – 2TSM:362. As quatro doutrinas características de Babilônia que aparecem nesta passagem, não eram ensinadas pela igreja adventista, nos dias da irmã White e por isso ela afirmou não ser a igreja adventista Babilônia. E agora perguntamos: Os pregadores adventistas de hoje defendem tais doutrinas? Nossa literatura ensina tais erros? – Não! Então a igreja que não era Babilônia, naquele tempo, também não o é hoje. E uma vez que ela não é Babilônia está provado então que é a igreja de Deus. Prezado leitor, se você é membro "movimento de reforma" desejo fazer-lhe um pedido: Este capítulo foi preparado unicamente com o objetivo de ajudá-lo a compreender que a igreja adventista não foi rejeitada por Deus como você foi instruído. Leia-o, não com a intenção de refutar os textos como às vezes acontece, mas, sim, de receber a iluminação do Espírito de Deus que está desejoso de encaminhá-lo para a verdadeira igreja. A CHAMADA REFORMA E O ESPÍRITO DE PROFECIA – II Vimos no capítulo anterior que este movimento não preenche as características fundamentais da verdadeira reforma, mas sim as características dos falsos movimentos. Com isto cumprem-se os textos que dizem: "Eu vi que os misteriosos sinais e maravilhas e as falsas reformas aumentariam e se espalhariam." – PE: 45. "Alguns Satanás engana com o espiritismo. Apresenta-se também como um anjo de luz e espalha sua influência sobre a Terra por meio de falsas reformas." – PE: 261 Ficou suficientemente provado em nossas considerações anteriores que, na verdadeira reforma ou reavivamento, ministros tomariam parte e desempenhariam papel de destaque e liderança. Citamos textos que testificam da existência de pastores fiéis no seio do movimento adventista, mas que eles não integraram o grupo dissidente surgido em 1914. Referindo ao filho da Sra. White dissemos que voltaríamos a falar sobre ele. Leiamos portanto algo interessante que foi escrito a seu respeito: "Depois desse incidente, foi-me dada compreensão de que o Senhor me erguera para dar testemunho dEle em muitos lugares, e de que Ele me daria graça e força para a obra. Foi-me mostrado também que meu filho, G. C. White, seria meu ajudante e conselheiro, e que o Senhor poria sobre ele o espírito de sabedoria e são discernimento. Foi-me mostrado que o guiaria, e que ele não seria desviado, porque reconheceria as direções e orientação do Espírito Santo." – 1ME:54. "... 'Porei Meu Espírito sobre teu filho, e fortalecê-lo-ei para fazer sua obra. Ele possui a graça da humildade. O Senhor o escolheu para desempenhar parte importante em Sua obra. Para isso nasceu ele'." – 1ME:55. "... Mais recentemente, em uma ocasião de perplexidade, o Senhor disse: 'Dei-te Meu servo, G. C. White, e dar-lhe-ei discernimento para ser teu auxiliar. Dar-lhe-ei habilidade e entendimento para dirigir sabiamente'." – 1ME:55. Meditemos um pouco sobre esta passagem. Lemos que W. C. White recebera sabedoria divina, são discernimento, que ele reconheceria as direções do Espírito Santo, etc. Se a reforma de 1914 fosse realmente guiada pelo o Espírito de Deus, não teria ele reconhecido isto, uma vez que era conhecedor das direções e orientações do Espírito? Pensai bem nesta parte: "Foi-me mostrado que (Deus) o guiaria, e que não seria desviado." Isto prova que, ao morrer em 1936, ele o fez sem se desviar da verdade e da igreja verdadeira. Dissemos também, em nosso estudo anterior que voltaríamos a falar mais alguma coisa sobre as palavras de confiança da Sra. White para Igreja Adventista, e isto vamos fazer a seguir: "Não há nenhuma necessidade de duvidar, de estar temeroso de que a obra não seja bem-sucedida. Deus está à testa da obra, e porá tudo em ordem. Caso haja coisas necessitando serem ajustadas na direção da obra, Deus atenderá a isso, e trabalhará para endireitar todo erro. Tenhamos fé que Deus vai conduzir a nobre nau que transporta o Seu povo, em segurança, para o porto." – 2TS:390. Segundo este texto meus não guiaria a Igreja Adventista só até 1914, mas sim, até ao porto da Canaã Celestial. Ela não sofreu, portanto naufrágio, mas ao contrário disso, continua sendo pilotada por Cristo e sê-lo-á até entrar no porto desejado. Na mesma página lemos ainda: "Não podemos agora entrar em nenhuma nova organização; pois isto significaria apostasia da verdade." – Ibidem. O texto deixa claro que não está no plano de Deus, a fundação de uma nova igreja em substituição ao movimento adventista, e que, se tal coisa acontecesse, seria isso nada menos que um abandono do verdadeiro caminho. Respondamos agora com toda a sinceridade: É o movimento de reforma de 1914 uma nova organização ou não? Qualquer criança responderia que sim! Sua existência então não é do agrado divino. Por isso, ela não Pode mesmo prosperar, como de fato tem acontecido. Em 1913, quando teve lugar a última assembléia da Associação Geral, antes da morte da serva do Senhor, ela escreveu uma vibrante mensagem aos representantes da igreja ali presentes, da qual desejamos mencionar alguns trechos por serem muito significativos. "Meu interesse na obra em geral é ainda tão intenso quanto antes, e desejo grandemente que a causa da verdade presente avance firmemente em todas as partes do mundo. ... Nossa experiência passada não perdeu nem um til de sua força. ... Cobro ânimo e sinto-me abençoada ao reconhecer que o Deus de Israel ainda está guiando o Seu povo, e continuará com eles até ao fim." – 3TS:438, 439. Maravilhosa e confortante promessa! A irmã White escrever estas palavras inspiradas, em 1913 não disse: "Deus está com a igreja adventista agora e continuará com ela até o próximo ano apenas." Suas palavras foram inconfundíveis: "O Deus de Israel ainda está guiando o Seu povo, e continuará com eles até o fim. Continuemos a leitura: "O Senhor quer ver a obra da proclamação da terceira mensagem angélica prosseguir com crescente eficiência. Assim como Ele agiu em todas as eras para dar vitórias ao Seu povo, também nesta época almeja levar a desfecho triunfante o Seu propósito para Sua igreja. Ordena Ele que Seus santos crentes avancem unidos, indo de força a maior força, de fé a acrescida segurança e confiança na verdade e justiça da Sua causa. "... Devemos ter por muito preciosa a obra que o Senhor tem feito progredir por meio do Seu povo observador dos mandamentos, e que, pelo poder da Sua graça, se tornará mais forte e mais eficiente à medida que o tempo AVANÇA. (...) Sua experiência será de crescimento constante, até que, com poder e grande glória, o Senhor desça do Céu para aplicar aos Seus fiéis o selo da vitória final." – 3TS: 440. É interessante notar que já em 1913, e igreja Adventista era pela bênção de Deus uma organização forte. Possuía então um bom número de instituições médicas, de ensino e de publicações. Quase todos os departamentos de hoje já estavam organizados. Em muitos países a mensagem estava sendo pregada e o número de membros crescia aceleradamente. Mas a inspiração afirmou em 1913 que o avançar dos anos a igreja se tomaria cada vez mais eficiente. Para que maior evidência de que a mesma não seria rejeitada por Deus em 1914? E agora, uma pergunta muito oportuna: Até quando continuaria crescendo a organização adventista? "Sua experiência será de crescimento, constante, até que, com poder e grande glória o Senhor desça do Céu." – 3TS:440. Nada mais claro que isto. Continuaria crescendo até a Segunda Vinda de Cristo. Ao ler os textos citados, alguém poderia perguntar: Estão se cumprindo essas predições com respeito ao progresso da obra adventista? Sim, respondemos com alegria de coração. Deus tem operado maravilhas em prol de Sua igreja. Basta examinar nossas fontes informativas. É também, fato conhecido por muitos, que a "reforma" possui um número limitadíssimo de adeptos nos Estados Unidos da América. Seria isto por não haver almas a serem ganhas naquele país, o berço do adventismo? E como harmonizar isto com o conteúdo do capítulo intitulado "A obra nas Grandes Cidades Americanas, do livro Evangelismo? Citaremos a seguir, apenas alguns pequenas trechos do capítulo acima mencionado, bem como a alguns capítulos seguintes. "Enquanto me achava em Nova Iorque no inverno de 1901, recebi instrução quanto ao trabalho naquela grande cidade. Noite após noite passava diante de mim o rumo que nossos irmãos deviam seguir. No território da União da Grande Nova Iorque, a mensagem tem de ir avante como uma lâmpada ardente. Deus suscitará obreiros para esta obra ... Seja feito aí um centro para a obra de Deus e tudo quanto for feito seja um símbolo da obra que o Senhor deseja ver feita em todo mundo. ... " – EV:384, 385. "Nessa grande cidade há milhares que não dobraram os joelhos a Baal." – EV:387. "Deus quer que a obra vá avante em Nova Iorque. Deve haver nesse lugar milhares de observadores do sábado." – EV:389. "Há milhares em Boston ansiando pela verdade simples tal como é em Jesus." – EV:391. "Em todas as nossas grandes cidades tem Deus almas sinceras que se interessam em saber o que é a verdade." – EV:394. "Tenho escrito muito acerca da necessidade de fazer mais decididos esforços evangelísticos em Washington, D.C. ... Washington, a capital dos Estados Unidos, é precisamente o lugar de onde esta verdade deve irradiar. " – EV:395. "A obra missionária em nosso país muito progredirá em todos os sentidos (...)" – VE: 220. Perguntamos agora: É a mensagem "reformista" ou a adventista que tem ido avante em Nova Iorque? Note o prezado leitor que Nova Iorque é um centro de obra adventista. Temos ali milhares de guardadores do sábado como já previa a irmã White. De Washington a verdade tem irradiado de uma maneira especial, pois ali está situada a sede da Associação Geral da IASD, e num local da escolha divina. De modo que tudo o que lemos nos trechos do livro Evangelismo, se cumpre com a IASD. Mas com a "reforma", cumpre-se alguma coisa? Repitamos com a irmã White as palavras: "Ao recapitular a nossa história passada, havendo revisado cada passo de progresso até ao nosso nível atual, posso dizer: Louvado seja Deus! Ao ver o que Deus tem realizado, encho-me de admiração e de confiança na liderança de Cristo. NADA TEMOS QUE RECEAR QUANTO AO FUTURO, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e os ensinos que nos ministrou no passado." – 3TS:443. Sim, prezado leitor, com respeito a nossa preparação individual devemos preocupar-nos cada dia mais e procurar sempre melhor fazer a vontade de Deus, mas no que diz respeito à igreja podemos estar tranqüilos, pois, "A CAUSA DA VERDADE PRESENTE, À QUAL DAMOS NOSSA VIDA E TUDO QUANTO POSSUÍMOS DESTINA-SE A TRIUNFAR GLORIOSAMENTE." – 2ME: 399 (Nota: Todos os grifos são nossos). A IGREJA ADVENTISTA E SUAS INSTITUIÇÕES É costume dos movimentos separatistas levantarem contra a Igreja Adventista a acusação de que ela não preenche as condições de verdadeira igreja de Deus, quando na realidade são os grupos que se intitulam "movimentos de reforma" que não preenchem as condições estabelecidas para a última igreja de Deus sobre a Terra. Neste capítulo, portanto, desejamos chamar a atenção dos prezados leitores para a grande necessidade da igreja de fundar instituições médicas, de ensino, de publicações, etc. com o propósito de pregar ao mundo a tríplice mensagem. Estas instrumentalidades, segundo o Espírito de Profecia, seriam estabelecidas em todas as regiões do globo para cooperarem na apresentação da derradeira mensagem de Deus aos homens. Uma vez provado que os referidos movimentos separatistas carecem totalmente destas instrumentalidades divinas, fica claro que as previsões do Espírito de Profecia se cumprem literalmente com a IASD e só com ela. Examinemos as palavras da mensageira da igreja remanescente: 1 – CASAS PUBLICADORAS: "Deus habilitou Seu povo a iluminar o mundo. Ele dotou os homens de faculdades que os tornam aptos a estender e consumar uma obra que circundará o mundo. Hospitais, escolas, tipografias e outros meios assim, devem ser criados em todas as partes da Terra." – EV: 413. a) Estabelecidas por Deus "Nossa obra de publicações foi estabelecida por direção de Deus e sob a Sua especial supervisão. Teve por desígnio o preenchimento de um propósito definido. Os adventistas do sétimo dia foram escolhidos por Deus como um povo peculiar, separado do mundo. Com a grande talhadeira da verdade Ele os cortou da pedreira do mundo, e os ligou a Si. Tornou-os representantes Seus, e os chamou para serem embaixadores Seus na derradeira obra de salvação. O maior tesouro da verdade já confiado a mortais, as mais solenes e terríveis advertências que Deus já enviou aos homens, foram confiadas a este povo, a fim de serem transmitidas ao mundo; e na realização dessa obra nossas CASAS PUBLICADORAS SE ENCONTRAM ENTRE AS MAIS EFICIENTES INSTRUMENTALIDADES." – 3TS:140. "Nossas casas publicadoras são centros designados por Deus, e por meio delas há de ser realizada uma obra cuja magnitude não é ainda compreendida. (...) Através de todo o mundo deve o Seu povo erguer monumentos de Seu sábado – o sinal entre Ele e eles de que Ele é quem os santifica. Em vários pontos, nos campos missionários, devem estabelecer-se casas publicadoras." – 3 TS:146. b) Como Torrentes de Luz a Circundar o Mundo: "Tenho uma mensagem para ti. Deves começar a publicar um pequeno jornal e mandá-lo ao povo. Seja pequeno a princípio; mas, lendo-o o povo, mandar-te-ão meios com que imprimi-lo, e alcançará bom êxito desde o princípio. Desde este pequeno começo foi-me mostrado assemelhar-se a torrentes de luz que circundavam o mundo." – CE:1 (Colportor-Evangelista, pág. 1, citando Vida e Ensinos, pág.128). "Nossas casas publicadoras devem mostrar notável prosperidade." – CE:85. "Ao se aproximar o fim, a obra de Deus deve aumentar em completa força, e pureza, e santidade." – CE:155. Que alegria para nós adventistas do sétimo dia sabermos que nossa obra de publicações foi estabelecida pelo próprio Deus, e que Ele mesmo a supervisiona! Que privilégio sermos embaixadores Seus na derradeira obra de salvação! E como vibra o nosso coração ao vermos todas as predições proféticas se cumprindo com a igreja a qual pertencemos. O pequeno jornal cuja publicação fora iniciada em 1848, alcançou bom êxito desde o princípio, e, realmente, transformou-se em torrentes de luz que circundam o mundo. Temos atualmente 50 casas publicadoras e dezenas de milhares de bravos colportores levando a luz de que os povos necessitam, CE:123,124) através dos livros O GRANDE CONFLITO, O DESEJAIIC DE TODAS AS NAÇÕES, VIDA DE JESUS e tantos outros mais. Por que os nossos estimados irmãos reformistas não pensam mais seriamente nisto? Onde estão vossas casas publicadoras? Qual o número dos vossas colportores fora do Brasil? E os poucos que tendes aqui em nosso país quais são os grandes livros de mensagem que estão vendendo? Estas perguntas não estamos fazendo em tom de crítica mas com o objetivo de fazer-vos compreender esta questão. Falando sobre o livro O Grande Conflito a irmã White diz o seguinte: "Estou mais ansiosa de ver ampla circulação deste que de qualquer outro livro que eu tenha escrito; pois em O Grande Conflito, a última mensagem de advertência ao mundo é dada mais distintamente que em qualquer de meus outros livros." – CE:127. "Aprecio o livro O Grande Conflito mais que prata ou ouro, e desejo grandemente que vá perante o povo." – CE:128. "Os anjos de Deus preparariam o caminho para estes livros no coração do povo." – CE:124. Que estímulo para o colportor adventista saber que está divulgando um livro superior em seu valor a ouro ou prata. Que incentivo quando ele experimenta pela experiência prática, que os anjos de Deus, realmente ajudam a vender este livro! Por que, prezado irmão reformista, não vir nos ajudar em tão magno trabalho? Por que perder tão sublime privilégio? 2 – INSTITUIÇÕES DE ENSINO: "Nada é de maior importância do que a educação de nossas crianças e jovens." – CPPE:147. "A escola é tão necessária como o templo." TT:109. "Nossas escolas são ordenadas por Deus a fim de preparar as crianças para esta grande obra." – 2TS:461. "Como um povo de posse de avançada luz, devemos imaginar meios com que desenvolvamos um exército de missionários educados, que entrem nos vários departamentos da obra de Deus. Precisamos de jovens de ambos os sexos bem disciplinados, de cultura, em nossos sanatórios, na obra médico-missionária, nos escritórios de publicações, nas Associações dos vários Estados, bem como no campo em geral. Necessitamos de rapazes e moças que, possuindo elevada cultura intelectual, estejam habilitados a fazer a melhor obra para o Senhor." – 2TS:465. "Há grande necessidade de que se façam planos para que haja grande número de obreiros competentes, e muitos se devem habilitar como professores, de modo que outros venham a ser preparados e disciplinados para a grande obra do futuro." – 2TS:466. Teríamos que ocupar centenas de páginas se fôssemos citar tudo o que o Espírito de Profecia fala sobre a necessidade de escolas, e de obreiros preparados para o trabalho de Deus. Dando cumprimento às passagens que consideramos, a igreja adventista tem, segundo estatísticas cerca de 600 escolas de nível superior e médio, 5.000 escolas de nível primário, 45 escolas de enfermagem e auxiliares, 18.000 professores empregados de todos os níveis, etc. E a vós, queridos irmãos, perguntamos: Onde estão vossos colégios e escolas fundamentais? Qual o número de vossos jovens possuidores de elevada cultura intelectual, os obreiros capazes, como lemos, que estejam habilitados a fazer a melhor obra para o Senhor? – Por que vos desculpar, simplesmente dizendo, às vezes contra a própria consciência, que os vossos obreiros são formados na mesma escola que os apóstolos se formaram? E com esta evasiva acham que estão justificados diante de Deus? Para concluir esta parte desejamos chamar a vossa atenção para mais um trecho do Espírito de Profecia: "As necessidades da causa aumentarão continuamente à medida que nos aproximamos do fim do tempo. São precisos meios para dar aos nossos jovens, em nossas escolas, um rápido curso de estudos que os habilite para uma obra eficiente, no ministério e em outros ramos da causa. Não estamos à altura de nosso privilégio neste assunto. TODAS AS NOSSAS ESCOLAS EM BREVE SERÃO FECHADAS. Quanto mais podia ter sido feito se os homens tivessem obedecido a ordem de Jesus sobre a beneficência cristã!" – 5T:156. Pensemos um pouco no que lemos: Se os colégios adventistas serão fechados por ocasião da lei dominical, é uma prova de que até então, eles serão dirigidos por Deus a serviço de Sua causa, não achais? – Isto é uma evidência da continuidade da obra educacional adventista até a finalização de sua tarefa neste mundo e não só até 1914. Analisando o texto por um outro aspecto, perguntamos ainda: Como poderão ser fechadas as escolas da "reforma" se elas simplesmente inexistem? Pensai seriamente nisto. 3 – A OBRA MÉDICA: "Hospitais, escolas, tipografias e outros meios assim, devem ser criados em todas as partes da Terra." – EV:413. "Muitas outras instituições devem ser fundadas nas cidades dos Estados Unidos, especialmente na parte sul, onde até agora pouco tem sido feito. Nos países estrangeiros, devem empreender-se e dirigir-se com êxito muitos empreendimentos médico-missionários. A fundação de sanatórios é tão importante na Europa e noutras terras estrangeiras, quanto o é nos Estados Unidos." – 3TS:121. "O Senhor influenciará a mente de pessoas em setores inesperados. Alguns que aparentam ser inimigos da verdade, empregarão, pela providência divina, os seus meios para comprar propriedades e construir edifícios. Com o tempo essas propriedades serão oferecidas à venda a preço muito inferior ao seu custo. Nossos irmãos reconhecerão nesses oferecimentos a mão da Providência ... Assim é que homens de posses estão inconscientemente preparando auxiliares que permitirão ao povo de Deus fazer a Sua obra avançar rapidamente. "Em vários lugares serão compradas propriedades para serem usadas como sanatórios." – 3TS:124. a) Sanatórios Como Centros de Evangelização: "Há em muitos lugares almas que ainda não ouviram a mensagem. Por conseguinte, a obra médico-missionária deve ser levada avante com mais zelo que nunca dantes. Essa obra é a porta pela qual a verdade conseguirá entrada nas grandes cidades, e devem ser estabelecidos hospitais em muitos lugares. "A obra efetuada pelas INSTITUIÇÕES DE SAÚDE é um dos meios MAIS EFICAZES DE ATINGIR TODAS AS CLASSES SOCIAIS. NOSSOS HOSPITAIS SÃO O BRAÇO DIREITO DO EVANGELHO E ABREM CAMINHOS pelos quais a HUMANIDADE SOFREDORA PODE SER ATINGIDA PELAS BOAS NOVAS DE RESTAURAÇÃO MEDIANTE CRISTO." – 3TS: 366, 367. Uma pergunta agora: Se a humanidade sofredora dependesse dos hospitais da "reforma" quantos se salvariam? b) É o Braço Direito do Evangelho: "Tenho sido repetidamente instruída quanto ao fato de ter a obra médico-missionária para com a obra da terceira mensagem angélica, a mesma relação que mantêm para com o corpo o braço e a mão." – 2TSM:526. "A obra médico-missionária deve ser para a obra da igreja o que o braço direito é para o corpo." – Ibidem, 531. "Esse é um elemento que dá nome à obra para este tempo. A obra médico-missionária é como o BRAÇO DIREITO DA TERCEIRA MENSAGEM ANGÉLICA, que deve ser proclamada ao mundo caído." – 2TS: 486. A igreja adventista é acusada pelos nossos irmãos da " reforma" de pregar uma mensagem "aleijada" mas à luz dos textos lidos é o "movimento de reforma" que não tem o braço direito da mensagem, a despeito de sua grande pretensão de superioridade. "Cristo não mais está em pessoa no mundo, para ir de cidade a cidade e de aldeia a aldeia, curando os enfermos; comissionou-nos, porém, com o prosseguimento da obra médico-missionária por Ele iniciada." – 3TS:367. Segundo este trecho Jesus incumbiu a igreja adventista de prosseguir com a obra médico-missionária por Ele iniciada. Apesar de quase todos os reformistas, dizerem que o trabalho realizado pelos hospitais adventistas não tem a aprovação divina porque é feito com o uso de drogas. Perguntamos, entretanto, aos nossos amigos reformistas: Onde estão os vossos bons hospitais cujos serviços são aceitos por Deus? Em 3TS:123-124, lemos o seguinte: “ ‘O Meu povo precisa fazer uma obra rápida. ... “Em muitos lugares que já deveriam haver sido providos de sanatórios e escolas, ESTABELECEREI AS MINHAS INSTITUIÇÕES, as quais virão a ser centros de preparo de obreiros’.” Em cumprimento desta promessa Deus tem estabelecido na igreja adventista muitas instituições as quais se tomaram grandes centros de preparo de obreiros. Mas tal não teria ocorrido se Ele tivesse rejeitado essa igreja. Teria Ele fundado as ditas instituições no "movimento de reforma", isto no entanto não aconteceu. Argumentam também os componentes da "reforma" que pouco eles têm prosperado porque surgiram muito depois da organização adventista e estão ainda iniciando. Replicamos, porém, que 65 anos de existência[1] seriam suficientes para demonstrar alguma prosperidade. A igreja adventista com esta idade já possuía muitas instituições, bem como notável prosperidade em todos setores. Se a "reforma" fosse chamada, isto é, se ela tivesse sida vocacionada para substituir a organização adventista, seu desenvolvimento deveria ter sido pelo menos aproximado daquele revelado pelo movimento do advento. Quando falamos sobre nossas instituições, ouvimos também, desde o ministro até o membro leigo do "movimento de reforma" as palavras: "Escolas, casas publicadoras e sanatórios são apenas bens materiais." Em refutação a esta evasiva reformista lemos: "A influência destas mensagens se tem aprofundado e alargado, pondo em movimento as forças impelentes de milhares de corações, trazendo à existência instituições de ensino, casas publicadoras, bem como casas de saúde; E TODAS ESTAS SÃO INSTRUMENTOS NAS MÃOS DE DEUS, PARA A COOPERAÇÃO NA GRANDE OBRA representada pelos primeiro, segundo e terceiro anjos voando pelo meio do céu, a fim de advertirem os habitantes do mundo de que Cristo está para vir de novo, com poder e grande glória." – EV:20. "O maior tesouro da verdade já confiado a mortais, as mais solenes e terríveis advertências que Deus já enviou aos homens, foram confiadas a este povo, a fim de serem transmitidas ao mundo; e na realização dessa obra NOSSAS CASAS PUBLICADORAS SE ENCONTRAM ENTRE AS MAIS EFICIENTES INSTRUMENTALIDADES." – 3TS:140. "Quem dera que eu pudesse manejar a língua de maneira a exprimir claramente a importância da devida administração de nossas escolas! Todos devem compreender que ESSAS ESCOLAS SÃO INSTRUMENTOS DO SENHOR, instrumentos por meio dos quais Ele Se quer tornar conhecido aos homens." – 2TS:465. Como vimos, essas instituições, não são meramente bens materiais mas instrumentos nas mãos do Senhor para a pregação da tríplice mensagem ao mundo. Concluindo, desejamos responder pelo Espírito de Profecia a duas perguntas: a) Por que é que a "reforma" não progride? Resposta: "Deus tem na Terra uma igreja que é Seu povo escolhido, ... ELE ESTÁ GUIANDO, NÃO RAMIFICAÇÕES TRANSVIADAS, NÃO UM AQUI E OUTRO ALI, mas um povo." – TM:61. "Eles ficam separados do povo a quem Deus está conduzindo e fazendo prosperar, e por meio de quem há de realizar Sua grande obra." – l TSM:166. Sim, está claro. Não progride porque não tem razão de existir; não tem a direção divina. b) Por que a igreja adventista, desde que foi fundada, continua sempre prosperando mais e mais? Resposta: "Qual é o segredo de nossa prosperidade? Temo-nos movido sob as ordens do Príncipe de nossa salvação. Deus nos tem abençoado os esforços unidos. A verdade tem-se espalhado e florescido. Têm-se multiplicado as instituições. A semente de mostarda cresceu até tornar-se uma grande árvore." – TM: 27. Exaltado seja o nome do Senhor por tudo o que Ele tem feito pela Sua igreja. Em futuro próximo, maiores coisas fará o Deus de Israel em favor do Seu povo. (Nota: Todos os grifos são do autor) SEPARAÇÃO PROFETIZADA – EM 1914 OU NA LEI DOMINICAL? Com o objetivo único de ajudar aos irmãos reformistas, preparamos este breve capítulo por julgarmos muito oportuno. Pouco lugar reservamos para comentários nossos, porque reputamos os textos do Espírito de Profecia suficientes para esclarecerem a questão. Como outros grupos separados, o "movimento de reforma" tem procurado "comprovação profética" para a sua existência, o que na realidade não existe. Esse movimento não tem, profeticamente, razão de ser. Surgiu apenas pela vontade de homens como Dorscheler, Spanknöbel, e outros cujos traços biográficos desmentiram serem eles guiados por Deus. Vejamos alguns trechos do Espírito de Profecia utilizados torcidamente com a pretensão de que esse movimento tenha surgido como cumprimento deles (desses trechos): "Quando a religião de Cristo for mais desprezada, quando Sua lei mais desprezada for, então deve nosso zelo ser mais ardoroso e nosso ânimo e firmeza mais inabaláveis. Permanecer em defesa da verdade e justiça quando a maioria nos abandona, ferir as batalhas do Senhor quando são poucos os campeões - essa será nossa prova. Naquele tempo devemos tirar calor da frieza dos outros, coragem de sua covardia, e lealdade de sua traição." – 2TS:31. Esta é uma das passagem citadas freqüentemente nos panfletos em que se lê "só para ASD". Eis a continuação do texto: "A nação ficará do lado do grande líder rebelde. "A prova virá por certo. Trinta e seis anos atrás foi-me mostrado que o que agora se desenrola haveria de suceder, QUE SERIA IMPOSTA AO POVO A OBSERVÂNCIA DE UMA INSTITUIÇÃO DO PAPADO POR MEIO DE UMA LEI DOMINICAL, enquanto se pisaria a pés o santificado dia de repouso de Jeová. O Capitão de nossa salvação fortalecerá o Seu povo para o conflito no qual terão de se empenhar." – 2TS: 31,32. Não está claro que a irmã White está falando referência ao tempo quando virá o decreto dominical, a prova final para o povo de Deus? Por que ainda usam injustamente esse testemunho, totalmente deslocado de seu contexto? Unicamente pelo desejo de forjar profecia para o movimento separatista! O conselho de Deus a respeito é: "Tendes tirado também de sua conexão porções dos testemunhos que o Senhor tem dado para benefício de Seu povo, e as aplicastes mal para sustentar vossas teorias errôneas - tomando emprestada ou roubando a luz do Céu para ensinar aquilo com que os testemunhos não se harmonizam, e que sempre têm condenado. Colocais assim tanto a Escritura como o testemunho no mesmo encaixe de erro." – 2ME: 83. Outro texto mal aplicado: "Ao aproximar-se a tempestade, uma classe numerosa que tem professado fé na mensagem do terceiro anjo, mas não tem sido santificada pela obediência à verdade, abandona sua posição, passando para as fileiras do adversário. ..."– GC:608. Nossas reticências são motivadas pelo seguinte: Qual o membro de qualquer dos movimentos de reforma que não conhece de memória o restante desse texto? Ele tem sido indevidamente tomado como base em que fundamenta a "reforma". Aqui o movimento espúrio vê uma verdadeira "maravilha profética" para o seu surgimento. Filosofa, refilosofa e toma a filosofar e refilosofar sobre este mesmo ponto para "provar" que o acontecimento nele descrito teve cumprimento no decantado ano de 1914. Não é assim mesmo? Quem ousa afirmar o contrário? No entanto, que ilusão! Não vamos nos demorar para analisar esta passagem. Apenas faremos oportuna referência ao contexto, o que achamos suficiente para o leitor sincero se convencer da verdadeira aplicação desta profecia, a saber: "A igreja apelará para o braço forte do poder civil, e nesta obra unir-se-ão romanistas e protestantes. Ao tornar-se o movimento em prol da IMPOSIÇÃO DO DOMINGO mais audaz e decidido, invocar-se-á a lei contra os observadores dos mandamentos. ... "Como os defensores da verdade se recusem a honrar o DESCANSO DOMINICAL, alguns deles serão lançados na prisão, exilados, e outros tratados como escravos." – CG:607-608. Conclamamos o leitor a abrir agora mesmo o livro O Grande Conflito, e ler, atentamente, na página 607 os dois parágrafos que antecedem o famoso "Ao aproximar-se a tempestade ..." Se o leitor assim proceder, entenderá claramente que até agora tem sido vítima de uma ardilosa montagem. Entenderá, consequentemente, que o contexto indica claramente não haver absolutamente nenhuma relação com a famosa data 1914! ... Ninguém seja tão incauto a ponto de ainda continuar sendo iludido com o falso conceito de que o "Aproximar-se" aqui seja um longo período de 80 ou 100 anos antes da promulgação da lei dominical. Esta é uma afirmação muito ruminada premeditadamente falsa. A irmã White refere-se nesta passagem a uma aproximação imediata. Esta é a verdade, quer queiramos ou não. Alguns pensamentos importantes devemos notar neste testemunho: a) A separação será por ocasião do decreto dominical; b) Os que saem da igreja adventista são os apóstatas. c) Os fiéis permanecem; e d) Esta classe numerosa, portanto, ainda não se desligou da igreja adventista do sétimo dia. A um indivíduo insolente que ensinava que com a sacudidura sairiam da igreja, os mais puros e santos, a irmã White disse: "Tomais passagens dos Testemunhos que falam do fim do tempo da graça, da sacudidura do povo de Deus, e falais da saída dentre esse povo de um outro povo mais puro, santo, que surgirá. Ora, TUDO ISSO AGRADA AO INIMIGO." – 1ME:179. Logo, a verdadeira sacudidura entre o povo de Deus só deverá vir no fim do tempo da graça. De maneira nenhuma poderia ter ocorrido em 1914. Os que hão de sair da igreja não serão os mais puros ou os mais santos. Isto está em oposição direta ao que o "movimento de reforma" ensina. Eis mais um texto torcido: "Não está longe o tempo quando virá a prova a cada alma. A observância do falso sábado será imposta sobre todos. A controvérsia será entre os mandamentos de Deus e os mandamentos dos homens. Os que passo a passo têm-se rendido às exigências mundanas e se conformado a mundanos costumes, então render-se-ão aos poderes existentes, em vez de se sujeitarem ao escárnio, ao insulto, às ameaças de prisão e morte. NESSE TEMPO O OURO SERÁ SEPARADO DA ESCÓRIA." – PR. 188. Esta é uma citação paralela à de GC:608, 2TS:31; EV:361, etc. Nestas passagens a profetisa da igreja adventista menciona o problema, do decreto dominical, apenas usando palavras diferentes. São estes os pensamentos que emanam do texto: a) Ao sobrevir o decreto dominical, os adventistas (individualmente) que não se prepararam devidamente, não resistirão a prova; b) Deixarão a igreja adventista e sairão como escória; c) Isto prova que o ouro e a escória estarão juntos até o decreto; d) Não é o ouro que será tirado da escória conforme o pretensioso opúsculo "ACONSELHO-TE" quer insinuar mas sim a escória ou a palha, que é a mesma coisa, que sai do ouro; se não leiamos: "Por esse tempo o ouro será separado da escória ... A palha, como nuvem, será levada pelo vento ..." – SC: 49. Não creiamos, irmãos nessa estória de duas separações – uma antes e outra na lei dominical. E que os fiéis adventistas vão deixar a Igreja para se unir aos "Santos na luz" (TM:234). O autor de "Aconselho-te" deveria usar sua paráfrase por contraste: "Desaconselho-te", porque em realidade, a companhia dos santos na luz não é nenhum movimento transviado como esse surgido em 1914, fracionado desde o seu início, e cada vez mais desintegrado em épocas sucessivas (195l, 1978, etc.). Assim em rápidas considerações, podemos perceber quão amplo é o território de areia movediça do "movimento de reforma", e quão frágil o seu alicerce, plantado bem no epicentro dos abalos sísmicos que com freqüência ocorrem nesse mesmo perigoso território. O "movimento de reforma" (tanto da facção Lavrikista, como da Kozelista) tem montado toda sua heresia com passagens mal aplicadas. Entretanto o Espírito de Profecia condena essa criminosa prática: "Muitos estudam as Escrituras a fim de provar que suas próprias idéias estão certas. Mudam o sentido da palavra de Deus para se acomodar a suas próprias opiniões. E o mesmo fazem com os testemunhos por Ele enviados. CITAM MEIA SENTENÇA, DEIXANDO A OUTRA METADE QUE, SE FOSSE CITADA, MOSTRARIA A FALSIDADE DE SEU RACIOCÍNIO." (Mensageira da Igreja Remanescente, p. 194). "Alguns há que apanham da Palavra de Deus e também dos Testemunhos parágrafos ou sentenças destacados que podem ser interpretados de maneira a se ajustarem a suas idéias, e nelas se detêm, e apoiam-se em suas próprias posições, quando Deus não os está dirigindo. Aí está o vosso perigo." – 1ME:179. Convidamos os leitores sinceros a meditarem ainda no seguinte: "Sempre haverá movimentos falsos e fanáticos feitos na igreja por pessoas que pretendem ser dirigidas por Deus – pessoas que correrão antes de ser enviadas, E DARÃO DIA E DATA PARA O CUMPRIMENTO DA PROFECIA NÃO CUMPRIDA. O INIMIGO SE AGRADA DE QUE ASSIM PROCEDAM, POIS SEUS SUCESSIVOS FRACASSOS E DIREÇÃO EM SENTIDO FALSO, CAUSAM CONFUSÃO E INCREDULIDADE." – 2ME:84. Concluindo, eis a última passagem sobre o tempo da verdadeira sacudidura entre o povo de Deus: "Nações serão agitadas até ao centro. Retirar-se-á o apoio aos que proclamam a única norma de justiça divina, o único seguro teste do caráter. E todos quantos não se curvarem ao decreto dos concílios nacionais e obedecerem às leis nacionais para exaltar o sábado instituído pelo homem do pecado, para menosprezar o santo dia de Deus, sentirão, não somente o poder opressivo do papado, mas do mundo protestante, a imagem da besta. "Satanás operará seus milagres para enganar; estabelecerá seu poder como supremo. A IGREJA TALVEZ PAREÇA COMO PRESTES A CAIR, MAS NÃO CAIRÁ. ELA PERMANECE, ao passo que os pecadores de Sião serão lançados fora no joeiramento – a palha separada do trigo precioso. É esse um transe terrível, não obstante importa que tenha lugar." – 2ME:380. Este maravilhoso texto estabelece que: A) A Igreja Adventista do Sétimo Dia não caiu e não cairá. Ela permanecerá até o fim, como igreja de Deus (Ver também: 2TS:363; 3TS:439, 440); B) Os pecadores ou os que não foram santificados pela obediência à verdade serão lançados fora; C) Quando? Em 1914? Não! No joeiramento, sacudidura ou decreto dominical; e D) A palha é que será levada. Não o trigo. (SC:49). Irmãos reformistas. Por que ainda ficar assim separados da igreja remanescente de Deus? Por que não desfrutar como nós outros o prazer santo que advém da plena certeza e consciência de estar na igreja verdadeira? VENHAM NOS AJUDAR A TERMINAR A OBRA DE DEUS NA TERRA! DEUS QUER QUE ESTEJAMOS UNIDOS. [1] Nota: Esta apostila foi publicada em 1983.
Analisando a "reforma" de 1914 - parte II Autor: Wilmur C. Medeiros Vimos no nosso primeiro estudo, “Analisando a reforma de 1914”, que este movimento não preenche as características fundamentais da verdadeira reforma, mas sim as características dos falsos movimentos. Com isto cumprem-se os textos que dizem: «Eu vi que os misteriosos sinais e maravilhas e as falsas reformas aumentariam e se espalhariam»; «alguns Satanás engana com o espiritismo. Apresenta-se também como um anjo de luz e espalha a sua influência sobre a Terra por meio das falsas reformas» (Primeiros Escritos, ps. 45, 261). Ficou suficientemente provado na nossa consideração anterior que, na verdadeira reforma ou reavivamento, tomariam parte ministros, que desempenhariam um papel de destaque e direção. Citámos textos que testificam a existência de pastores fiéis no seio do movimento adventista, mas que eles não se integram no grupo dissidente surgido em 1914. Referindo-nos ao filho da Sra. White, dissemos que voltaríamos posteriormente a falar sobre ele. Leiamos, portanto, algo interessante que foi escrito a seu respeito: «Depois desse incidente, foi-me dada compreensão de que o Senhor me erguera para dar testemunho d’Ele em muitos lugares, e de que Ele me daria graça e força para a obra. Foi-me mostrado também que o meu filho, W. C. White, seria o meu ajudante e conselheiro, e que o Senhor poria sobre ele o espírito de sabedoria e são discernimento. Foi-me mostrado que o guiaria, e que ele não seria desviado, porque reconheceria as direções e orientações do Espírito Santo. … Porei o Meu Espírito sobre o teu filho, e fortalecê-lo-ei para fazer a sua obra. Ele possui a graça da humildade. O Senhor o escolheu para desempenhar parte importante na Sua obra. Para isso nasceu ele. … Mais recentemente, numa ocasião de perplexidade, o Senhor disse: ‘Dei-te o Meu servo, W. C. White, e dar-lhe-ei discernimento para dirigir sabiamente» (Mensagens Escolhidas, livro 1, ps. 54, 55). Meditemos um pouco sobre esta passagem. Lemos que W. C. White receberia sabedoria divina, são discernimento, que ele reconheceria as direções do Espírito Santo, etc. Se a reforma de 1914 fosse realmente guiada pelo Espírito de Deus, não teria ele reconhecido isto, uma vez que era conhecedor das direções e orientações do mesmo? Pensai bem nesta parte: «Foi-me mostrado que (Deus) o guiaria, e que não seria desviado.» Isto prova que, ao morrer em 1936, ele o fez sem se desviar da verdade e da Igreja verdadeira. Dissemos também, no nosso estudo anterior, que voltaríamos a falar mais alguma coisa sobre as palavras de confiança da Sra. White para a Igreja Adventista. É o que vamos fazer a seguir: «Não há necessidade de duvidar, de temer que a obra não tenha êxito. Deus está à frente da obra, e Ele porá tudo em ordem. Se, na direção da obra, houver coisas que precisem de ajustamentos, Deus disso cuidará, e operará para corrigir todo o erro. Tenhamos fé em que Deus há de pilotar seguramente até ao porto a nobre nau que conduz o povo de Deus» (Testemunhos Seletos, v. II, p. 363). Segundo esta passagem, Deus não guiaria a Igreja Adventista só até 1914, mas sim até ao porto da Canaã Celestial. Ela não sofreu, portanto, naufrágio, mas ao contrário disso, continua sendo pilotada por Cristo e sê-lo-á até entrar no porto desejado. Na mesma página, mais acima, lemos: «Não podemos agora entrar para qualquer organização nova; pois isto significaria apostatar da verdade» (Ibidem). O texto deixa claro que não está no programa de Deus a fundação de uma nova igreja na história do movimento adventista, e que, se tal coisa acontecesse, isso seria nada menos do que um abandono do verdadeiro caminho. Respondamos agora com toda a sinceridade: É o «Movimento de Reforma» uma nova organização, ou não? Qualquer criança responderia sim! A sua existência, então, não é do agrado divino. Por isso, ela não pode mesmo prosperar, como de facto tem acontecido. Em 1913, quando teve lugar a última Assembleia da Conferência Geral, antes da morte da serva do Senhor, ela escreveu uma vibrante mensagem aos representantes da Igreja ali presentes, da qual desejamos mencionar alguns trechos, por serem muito significativos. «O meu interesse na obra em geral é ainda tão intenso como antes, e desejo grandemente que a causa da verdade presente avance firmemente em todas as partes do mundo. (…) A nossa experiência passada não perdeu nem um til da sua força. (…) Cobro ânimo e sinto-me abençoada ao reconhecer que o Deus de Israel ainda está guiando o Seu povo, e continuará com eles até ao fim» (Testemunhos Seletos, v. III, ps. 438, 439). Maravilhosa e confortante promessa! A irmã White, ao escrever estas palavras inspiradas, em 1913, não disse: «Deus estará com a Igreja Adventista até ao próximo ano apenas». As suas palavras foram inconfundíveis: «O Deus de Israel ainda está guiando o Seu povo, e continuará com eles até ao fim». Continuemos a leitura: «O Senhor quer ver a obra da proclamação da terceira mensagem angélica prosseguir com crescente eficiência. Assim COMO Ele agiu em todas as eras para dar vitórias ao Seu povo, também nesta época almeja levar a desfecho triunfante o Seu propósito para a Sua igreja. Ordena Ele que os Seus santos crentes avancem unidos, indo de força em maior força, de fé a acrescida segurança e confiança na verdade e justiça da Sua causa. (…) Devemos ter por muito preciosa a obra que o Senhor tem feito progredir por meio do Seu povo observador dos mandamentos, e que, pelo poder da Sua graça, se tornará mais forte e mais eficiente à medida que o tempo avança. (…) A sua experiência será de crescimento constante, até que, com poder e grande glória, o Senhor desça do Céu para aplicar aos Seus fiéis o selo da vitória final» (Testemunhos Seletos, v. III, p. 440). É interessante notar que, já em 1913, a Igreja Adventista do Sétimo Dia era, pela bênção de Deus, uma organização forte. Possuía um bom número de instituições médicas, de ensino e de publicações. Quase todos os departamento de hoje já estavam organizados. Em muitos países, a mensagem estava sendo pregada e o número de membros crescia aceleradamente. Mas a inspiração afirmou em 1913 que, com o passar dos anos, a igreja se tornaria cada vez mais forte e mais eficiente. Para quê maior evidência de que a mesma não seria rejeitada por Deus em 1914? E agora uma pergunta muito oportuna: Até quando continuaria crescendo a organização adventista? «A sua experiência será de crescimento constante, até que, com poder e grande glória o Senhor desça do Céu» (Testemunhos Seletos, v. III, p. 440). Nada mais claro do que isto. Continuaria crescendo até à segunda vinda de Cristo. Ao ler os textos citados, alguém poderia perguntar: estão-se cumprindo essas predições com respeito ao progresso da obra adventista? Sim, respondemos com alegria de coração. Deus tem operado maravilhas em prol da Sua Igreja. Examinai as nossas fontes informativas e ficareis cônscios desse facto. É, também, facto conhecido por muitos, que a «reforma» possui um número limitadíssimo de adeptos nos Estados Unidos da América, não chegando a atingir nem duzentos. Será que não haveria almas a serem salvas na América, o berço do adventismo? E como harmonizar isto com o conteúdo do capítulo intitulado: «A Obra nas Grandes Cidades Americanas» do livro Evangelismo? Citaremos, a seguir, apenas alguns pequenos trechos do capítulo acima mencionado e recomendamos aos leitores muita atenção ao capítulo todo, bem como a alguns capítulos seguintes. «Enquanto me achava em Nova Iorque, no Inverno de 1901, recebi instrução quanto ao trabalho naquela grande cidade. Noite após noite, passava diante de mim a direção que os nossos irmãos deviam seguir. No território da União Nova Iorque Maior, a mensagem tem de ir avante como uma lâmpada ardente. Deus suscitará obreiros para esta obra. (…) Seja feito aí um centro para a obra de Deus, e tudo quanto for feito seja um símbolo da obra que o Senhor deseja ver feita em todo o mundo. (…) Nessa grande cidade há milhares que não dobraram os joelhos a Baal. (…) Deus quer que a obra vá avante em Nova Iorque. Deve haver nesse lugar milhares de observadores do Sábado… Há milhares em Boston ansiando pela verdade simples tal como é em Jesus. (…) Em todas as nossas grandes cidades, tem Deus almas sinceras que se interessam em saber o que é a verdade. (…) Tenho escrito muito acerca da necessidade de fazer mais decididos esforços evangelísticos em Washington, D. C. (…) Washington, a capital dos Estados Unidos, é precisamente o lugar de onde esta verdade deve irradiar» (Evangelismo, ps. 384, 385, 387, 389, 391, 394-395). «A obra missionária no nosso país muito progredirá em todos os sentidos» (Vida e Ensinos, p. 220). Perguntamos agora: É a mensagem «reformista» ou adventista que tem ido avante em Nova Iorque? Note o prezado leitor que Nova Iorque é um centro da obra adventista. Temos ali milhares de guardadores do Sábado, como já previa a irmã White. De Washington, a verdade tem irradiado de uma maneira especial, pois ali está situada a sede da Conferência Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, e num local da escolha divina. De modo que tudo o que lemos nos trechos do livro Evangelismo se cumpre com a IASD; mas, e com a «reforma», cumpre-se alguma coisa? Repitamos com a irmã White as palavras: «Ao recapitular a nossa história passada, havendo revisado cada passo do progresso até ao nosso nível atual, posso dizer: Louvado seja Deus! Ao ver o que Deus tem obrado, encho-me de admiração e de confiança na liderança de Cristo. Nada temos que recear quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e os ensinos que nos ministrou no passado» (Testemunhos Seletos, v. III, p. 443). Sim, prezado leitor, com respeito à nossa preparação individual, devemos preocupar-nos cada dia mais e procurar sempre fazer melhor a vontade de Deus, mas no que diz respeito à Igreja, estejamos tranquilos, pois «a causa da verdade presente, à qual damos a nossa vida e tudo quanto possuímos, destina-se a triunfar gloriosamente» (Mensagens Escolhidas, livro 2, p. 399). (Refeito pelo Pastor Manuel Nobre Cordeiro, da Revista Adventista Portuguesa de fevereiro de 1977, ps. 8 e 9.)
Analisando a "reforma" de 1914 - parte I Autor: Wilmur C. Medeiros A irmã White deixou bem claro que se fazia necessária uma reforma entre o povo de Deus: «Deus requer um reavivamento e uma reforma» (Serviço Cristão, p. 41). «Antes de os juízos de Deus caírem sobre a Terra, haverá entre o povo do Senhor, tal avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos. O Espírito Santo e o poder de Deus serão derramados sobre os Seus filhos» (O Grande Conflito, p. 371, edição da Pub. Atlântico, junho de 1975). Iluminada pelo Espírito Santo, ela mostrou como se desenvolveria este reavivamento e quais seriam as suas características. Isto ficou bem assente para que ninguém fosse enganado por «movimentos de reforma» destituídos das credenciais divinas. «Satanás, porém, tem estado a trabalhar assiduamente para desviar a autêntica reforma espiritual que o Senhor quer operar no seio da Igreja. Este tem sido o método do grande inimigo desde os dias antigos: adulterar o verdadeiro e oferecer uma falsificação, para promover a desordem, o caos e a perdição, em lugar da verdadeira conversão e a vida eterna» (Preparação para a Crise Final, p. 26, Fernando Chaij). Já nos dias de Lutero, por intermédio de Munzer, um instrumento diabólico, foi criada uma contrafação: «Satanás não estava ocioso. Passou a tentar o que havia experimentado em todos os outros movimentos de reforma – enganar e destruir o povo, apresentando-lhe uma contrafação em lugar da verdadeira obra. Assim como houve falsos cristos no primeiro século da Igreja cristã, surgiram também falsos profetas no século décimo sexto. Alguns homens, profundamente impressionados com a agitação que ia pelo mundo religioso, imaginavam haver recebido revelações especiais do Céu, e pretendiam ter sido divinamente incumbidos de levar avante, até à finalização, a Reforma que, declaravam, apenas fora iniciada por Lutero. Na verdade, estavam desfazendo o mesmo trabalho que ele realizara… Um desses profetas pretendia haver sido instruído pelo anjo Gabriel… Algumas pessoas realmente sinceras foram transviadas pelas pretensões dos novos profetas.» Lutero, em Wartburgo, ouvindo o que ocorrera, disse com profundo pesar: Sempre esperei que Satanás nos mandaria esta praga» (O Grande Conflito, p. 153, Pub. Atlântico, edição de junho de 1975). Examinemos algumas características que devem acompanhar o verdadeiro reavivamento que teria de ter lugar entre o povo do advento: I – Começar pelos ministros «O povo de Deus não suportará a prova a menos que haja um reavivamento e uma reforma entre o povo de Deus, mas essa deve começar a sua obra purificadora entre os ministros» (Testemunhos para a Igreja, v. 1, p. 469). A reforma de 1914 não foi dirigida por pastores; logo, ela não preenche esta característica da verdadeira reforma. Porventura não havia fiéis pastores adventistas quando se iniciou a 1ª Guerra Mundial? Sem dúvida alguma, havia e muitos. Notemos o que a irmã White afirmou em 1913: «Quando à noite não consigo dormir, elevo o coração a Deus em oração, e Ele me fortalece, e me dá a certeza de que está com os Seus servos ministradores no campo nacional e em terras distantes» (Testemunhos Seletos, v. III, p. 439). Esses ministros, que Deus estava abençoando tanto nos Estados Unidos como em terras estrangeiras, eram fiéis. E por que não foram eles os líderes do «movimento de reforma»? É interessante notar que entre eles, (os pastores fiéis) encontrava-se o Pastor J. N. Loughborough, que figura entre os fundadores da mensagem e que morreu em 1924, isto é, 10 anos após o surgimento do «movimento reformista», como fiel ministro adventista. Por que não quis ele tomar parte no dito movimento? W. C. White, filho da irmã White e fiel ministro de Deus, também não se filiou no movimento de 1914, apesar de ter vivido até ao ano de 1936, isto é, 22 anos após o surgimento da «reforma». (À frente voltaremos a falar sobre o filho da irmã White). O que diremos da própria irmã White que morreu em Julho de 1915 mais de um ano após a separação na Alemanha? Se o movimento fosse de Deus, não seria ela a primeira a liderá-lo? Mas ao contrário disso, o que ela fez foi deixar palavras de confiança, para a Igreja Adventista, a sua Igreja, e não para outro movimento, como vamos ver mais adiante. «Não espero viver muito tempo. O meu trabalho está quase terminado… penso que não mais terei testemunhos para o nosso povo. Os nossos homens de mente firme sabem o que é bom para o crescimento da causa» (Testemunhos Seletos, v. III, p. 443). Onde estavam, segundo esta declaração, em 1915, os chefes de mente firme, que estavam aptos a fazer a obra crescer e progredir? No grupo separatista? Não. Estava, sim, na Igreja Adventista. Se alguém ainda hoje pensa que os fundadores do «movimento reformista» foram homens de mente firme, pedimos que adquiram o «Livro do Pecado», o livro negro da reforma, escrito por um dos seus líderes, e leiam a partir da página 18 a biografia de cada um deles e tudo ficará claro, que eles não foram homens de mente firme, apesar de terem conseguido iludir considerável número de almas incautas. «Ver-se-á que estes que proclamam mensagens falsas não terão um alto senso de honra e integridade» (Testemunhos para Ministros, p. 42). Vimos então que o movimento de 1914 não preenche a primeira característica de verdadeira reforma. II – Uma reforma isenta de discórdia, lutas, confusão, etc. «É chegado o tempo para se realizar uma reforma completa. Quando esta reforma começar, o espírito de oração atuará em cada crente e banirá da Igreja o espírito de discórdia e luta… Não haverá confusão, pois todos estarão em harmonia com o Espírito» (Testemunhos Seletos, vol. III, ps. 254, 255). Como harmonizar esta passagem com a reforma de 1914, que desde os seus primórdios até à atualidade tem tido uma história de discórdia, luta, confusão, separação, etc.? Leiamos apenas algumas palavras do «Livro do Pecado»: «Quem era o irmão E. Dorscheler? Foi revelado que ele era um oposicionista, porque ele mesmo demonstrou. Ele desligou-se de início do movimento da reforma com os crentes holandeses… Queria ser independente. Enganou essas pobres almas a segui-lo por meio da arma da crítica… todas as propriedades foram inscritas no seu nome… Ele era da opinião de que não se deveria casar. Infelizmente, a sua própria filha fugiu a fim de casar-se fora do país. Pouco tempo depois morria, em 1936, numa casa de alienados… Isto foi o fim de uma história de oposição…» (ps. 18 e 10) (obs.: este homem foi o mais destacado fundador da “reforma”). «Os filhos do irmão Welp brigaram com o irmão K. Spanknobel e tomaram a obra nas suas mãos na América do Norte» (p. 19). «O irmão Maas é um dos mais perigosos ladrões que jamais tivemos entre nós» (p. 20) (obs.: nossa – ele era líder mundial do movimento). «A nossa organização é 10 vezes pior do que a igreja grande» (p. 21). «O irmão Welp incomodava todas as igrejas aonde ia… De 1939 a 1941, durante a guerra, fundou o irmão Welp um grupo próprio… Ele foi de membro em membro para recoltar o dízimo. Ele gastou tudo o que recoltou. Quando os irmãos lhe pediram conta, disse que o Sumo Sacerdote nunca deu contas» (ps. 22 e 25). Em 1951, após 15 dias de discussão, o «movimento reformista» dividiu-se em duas fações, formando duas conferências gerais. De então para cá tem havido muita luta entre as duas «reformas». É interessante notar que mesmo entre os dirigentes de cada fação têm surgido muitas dificuldades. Todos sabem que os Srs. A. Lavrik e D. Nicolici estavam unidos quando da separação de 1951, e, que eram e continuaram sendo por muito tempo as principais figuras do movimento. Mas vejam as palavras ferinas que na sua carta, dirigida ao Dr. E. Kanyo, o Sr. Lavrik usa contra o seu colega, o Sr. D. Nicolici, por tentar este formar outro movimento: «Prezado Irmão Kanyo: Saúde e paz do Senhor lhe desejo… Esta semana escrevi-lhe, e creio que esteja em suas mãos a minha última carta. Hoje torno a escrever-lhe, visto que já estou com passagem comprada e data marcada para deixar Sacramento no dia 1 de Junho… Estou muito preocupado com o nosso encontro… Pode ser que esta seja uma oportunidade para convencer aqueles irmãos de Speele, para se chegar à conclusão de realizar uma Conferência Geral de Paz, e então chamar Nicolici para que responda ao que eles querem, e nós o permitiremos; pois ele, o velho, revelou contudo que, sem escrúpulo, sem vergonha e sem consideração alguma, é rebelde aberto contra a Conferência Geral, e tenta fazer outro movimento. Conseguiu algumas vantagens sobre os pobres australianos que eram seus amigos, Haynes e outros, Waymark e Heslop, gente fraca de caráter, e ele tomou vantagens para confundir. A conferência de delegados resolveu apoiar a Conferência Geral, e o irmão Stwart pensou que já estava acabada a luta, mas enganou-se. Nicolici ficou lá e ele veio para os Estados Unidos; Nicolici realmente domina a comissão. Dizem que agora está esperando John Nicolici, das Filipinas… para fortalecer o propósito da rebelião… Assim que não há outra coisa a esperar do que declarar Nicolici Velho e John Nicolici da mesma obra ou pior ainda, pois o que John Nicolici fez no seu campo, o pai fez fora do seu campo, indiretamente oposto; se isto é rebelião, então jamais houve outra rebelião… ele deve responder pelos seus crimes, se se puder convencer os de Speele e convocar uma Conferência Geral para ajustamento. Nicolici porém deve ser posto fora do ajuste; ele é o bode emissário, o mais culpado de todos no assunto de todas as rebeliões… Este homem me aborrece sem medida, ofendeu toda a causa, todo o Movimento, e Deus tem uma conta com ele.. Creio que se nos separamos de Nicolici, eles vão ter mais confiança numa conferência. E mesmo nós não podemos ter mais com Nicolici outra conferência, mesmo que ele se humilhe, se retrate; não temos que aceitar este homem na obra… Aceite saudações fraternais do irmão em Cristo. Ass.: A. Lavrik.» (Carta do Sr. Lavrik ao Dr. Kanyo escrita em 20-5-1966.) Poderia esta ser a reforma da qual falou a irmã White? – não! Podemos afirmar sem medo de errar. Comparemos agora o movimento de 1914 com mais um texto da Sra. White: «Em visões da noite passaram perante mim representações dum grande movimento reformatório entre o povo de Deus. Os enfermos eram curados, e outros milagres eram operados. Viu-se um espírito de intercessão tal como se manifestou antes do grande dia do Pentecostes. Viam-se centenas e milhares visitando famílias e abrindo perante elas a Palavra de Deus… Portas se abriam por toda a parte para a proclamação da verdade. O mundo parecia iluminado pela influência celestial… Ouvi vozes de ações de graças e louvor, e parecia haver uma reforma como a que testemunhámos em 1844» (Testemunhos Seletos, v. III, p. 345). O «movimento de reforma» não preenche as condições deste testemunho. Isto todos os que o conhecem poderão perceber facilmente, dispensando, portanto, argumentação a esse respeito. Está claro então que não é um movimento com base profética, mas uma reforma espúria como outras que surgiram já antes de 1914. III – Características dos falsos movimentos Vejamos, agora, algumas das características dos falsos movimentos de reforma que têm surgido entre o povo adventista, e façamos um confronto entre eles e o pretensioso grupo chamado «movimento de reforma»: a) Pretendiam que a Igreja Adventista estivesse apostatada, rejeitada por Deus. b) Tachavam-na de Babilónia, prostituta, gaiola de toda a ave imunda e aborrecível, etc. c) Os que dirigiam eram homens aparentemente inspirados, consagrados, zelosos, etc. d) Pretendiam sempre ser portadores de grande luz e ter sido chamados para reformar a Igreja Adventista. e) Pretendiam ser representados pelo anjo de Apocalipse 18 e estar incumbidos da proclamação do alto clamor. f) Usavam os testemunhos da Ira. White para dar peso aos seus ensinamentos. Provemos isto: «O Pastor K, moribundo, teve o quarto cheio de pessoas interessadas, enquanto se achava no Hospital de Battle Creek. Muitos foram enganados. O homem parecia inspirado. Mas a luz que me foi comunicada foi: ‘Esta obra não é de Deus. Não creiais a mensagem! Alguns anos depois, um homem chamado N. de Red Bluff, na Califórnia, veio a mim para dar a sua mensagem. Disse que era o alto clamor do terceiro anjo que devia iluminar a Terra com a sua glória. Pensava que Deus passara por alto todos os dirigentes e lhe dera a mensagem. Tentei mostrar-lhe que estava enganado. Ele disse que os Adventistas do Sétimo Dia eram Babilónia… Tivemos muita dificuldade com ele, a sua mente ficou desequilibrada e ele teve de ser posto num asilo de alienados. Um Garmire, defendeu e publicou uma mensagem quanto ao alto clamor do terceiro anjo; acusou a Igreja… Disse que todos os dirigentes da Igreja haviam de cair por exaltação própria, e outra classe de homens humildes viria para a frente… Esse engano foi-me revelado. Esse é um homem inteligente, falando de maneira aceitável, e abnegado e cheio de zelo e ardor, tendo a aparência de consagração e devoção. Mas a Palavra de Deus veio a mim: ‘Não os creiais, não os enviei’» (Mensagens Escolhidas, livro 2, p. 64). «Ele pretendia crer nos testemunhos. Pretendia que estes eram verdadeiros, e empregava-os da mesma maneira por que os tendes usado, para dar força e aparência de verdade a suas pretensões. Se algum homem a quem olhei era inspirado, certamente era este; mas eu lhe disse claramente que a sua inspiração era de Satanás, não de Deus» (Ibidem, p. 65). «Como ousa o homem mortal definir o seu julgamento sobre eles (os Adventistas do Sétimo Dia), chamar a Igreja de prostituta, de Babilónia, covil de ladrões, gaiola de toda a ave imunda e aborrecível, morada de demónios… e proclamar que os pecados dela atingiram os Céus e Deus se lembrou das suas iniquidades? É esta a mensagem que devemos dar aos Adventistas do Sétimo Dia? Digo-vos: Não! A NENHUM HOMEM DEUS DEU UMA TAL MENSAGEM. Que estes homens humilhem os seus corações diante de Deus, e em verdadeira contrição se arrependam de terem estado, por algum tempo, ao lado do acusador dos irmãos, que os acusava de dia e de noite diante de Deus…» (parágrafos extraídos do Manuscrito 21, 1893). «Erguem-se continuamente pequenos grupos que creem que Deus está unicamente com os poucos, os dispersos, e a sua influência é derribar e espalhar o que os servos de Deus constroem… Fazendo todos uma obra especial para o inimigo e todavia pretendendo possuir a verdade. Eles ficam separados do povo a quem Deus está conduzindo e fazendo prosperar, e por meio de quem há de realizar a Sua grande obra. Esses estão continuamente exprimindo os seus temores de que o corpo de observadores do Sábado se esteja tornando como o mundo… O povo que, segundo a Palavra de Deus, se está esforçando ao máximo para ser um, os que são estabelecidos na mensagem do terceiro anjo, são olhados com suspeita, pelo facto de estarem estendendo a sua obra, e reunindo almas à verdade. São considerados mundanos, porque exercem influência sobre o mundo, e os seus atos testificam de que eles estão esperando que Deus faça ainda uma obra grande e especial na Terra – conduzir um povo e prepará-lo para o aparecimento de Cristo» (Testemunhos Seletos, v. I, ps. 166 e 167). «Que todos os que lerem estas palavras lhes deem toda a consideração; pois em nome de Jesus desejo com elas impressionar cada alma. Quando se levanta alguém do nosso meio ou fora de nós, tendo a preocupação de proclamar uma mensagem que declare que o povo de Deus pertence ao número dos de Babilónia e que pretenda que o alto clamor é um chamado para sair dela, podereis saber que esse tal não é portador da mensagem de verdade. Não o recebais, não lhe desejeis bom êxito… Afastai-vos desses; não tenhais comunhão com a sua mensagem, por muito que eles citem os Testemunhos e atrás deles busquem entrincheirar-se… Essa classe de obreiros maus tem escolhido porções dos Testemunhos, e tem-nas colocado numa moldura de erro, a fim de por esse meio dar influência aos seus testemunhos falsos» (Testemunhos Seletos, v. II, ps. 363 e 367). Todos os que conhecem alguma coisa a respeito do grupo separatista já perceberam a esta altura, através das breves citações, que ele (o grupo separatista) se enquadra cem por cento com as características dos falsos movimentos. Diz mais a serva do Senhor: «A mensagem que declara a Igreja Adventista do Sétimo Dia de Babilónia, e chama o povo de Deus a sair dela, não vem de um mensageiro celeste, ou nenhum instrumento humano inspirado pelo Espírito de Deus» (Mensagens Escolhidas, livro 2, p. 66). «Pretender que a Igreja Adventista do Sétimo Dia seja Babilónia, é fazer a mesma acusação que faz Satanás, que é um acusador dos irmãos, acusando-os dia e noite, perante Deus» (Testemunhos para Ministros, p. 42). Escapa a «reforma» destas condenações, pelo simples facto de ter ela surgido posteriormente a estas declarações? – Não. «Desde anos tenho apresentado o meu testemunho, dizendo que em surgindo quaisquer pessoas pretendendo possuir grande luz…» (Testemunhos Seletos, v. II, p. 355). «Em surgindo quaisquer pessoas», em qualquer época, quer dizer a profetisa, e não só até 1914. A mesma coisa acontece com o texto que diz: «Quando se levanta alguém, do nosso meio ou fora de nós...» (Ibidem, p. 363). Referindo-se ao surgimento de movimentos acusadores no futuro, disse a Irmã White: «Semelhantes mensagens hão de apresentar-se e delas será declarado serem enviadas de Deus, mas tal declaração será falsa» (Testemunhos para Ministros, ps. 41 e 42). É muito interessante notar também que a Igreja que a irmã White estava a defender seria finalmente agraciada com o dom do Espírito Santo, a fim de transmitir ao mundo a advertência final; isto prova que não seria rejeitada. «Deus tem na Terra uma Igreja que está erguendo a lei pisada a pés, e apresentando aos homens o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. A Igreja é depositária das abundantes riquezas da graça de Cristo, e pela Igreja será finalmente exibida a última e plena manifestação do amor de Deus ao mundo, que deve ser iluminado com a Sua glória. A oração de Cristo, de que a Sua Igreja fosse uma, como Ele e o Pai eram um, será afinal atendida. Será conferido o rico dom do Espírito Santo, e por seu constante suprimento aos filhos de Deus, tornar-se-ão eles testemunhas no mundo, do poder de Deus para salvação» (Testemunhos Seletos, v. II, p. 356). «As igrejas denominacionais caídas é que são Babilónia. Babilónia tem estado a promover doutrinas venenosas, o vinho do erro. Este vinho do erro é composto de doutrinas falsas, tais como a imortalidade natural da alma, o tormento eterno dos ímpios, a negação da preexistência de Cristo antes do Seu nascimento em Belém, a defesa e exaltação do primeiro dia da semana acima do santo e santificado dia de Deus» (Ibidem, p. 362). As quatro doutrinas, características de Babilónia, que aparecem nesta passagem, não eram ensinadas pela Igreja Adventista, nos dias da irmã White e por isso ela afirmou não ser a Igreja Adventista Babilónia. E agora perguntamos: os pregadores adventistas de hoje defendem tais doutrinas? Ensina a nossa literatura tais erros? Não. Então a Igreja que não era Babilónia naquele tempo, também não é hoje. E, uma vez que ela não é Babilónia, está provado então que é a Igreja de Deus. Prezado leitor, se é membro do «movimento de reforma» desejamos fazer-lhe um pedido: Este artigo foi preparado unicamente com o objetivo de ajudá-lo a compreender que a Igreja Adventista não foi rejeitada por Deus como o leitor foi instruído. Leia-o, não com a intenção de refutar os textos, como às vezes acontece, mas, sim, de receber a iluminação do Espírito de Deus, que está desejoso de encaminhá-lo para a verdadeira Igreja. (Refeito pelo Pastor Manuel Nobre Cordeiro, da Revista Adventista Portuguesa de dezembro de 1976, ps. 7, 8 e 9).